Você sente, muitas vezes, como se sua mente não parasse de pensar no futuro nem por um segundo? A ansiedade é presente em sua vida? Não sabe como melhorar isso? Confira agora nosso artigo sobre a mente ansiosa, suas causas e como resolver!
Antes mesmo de falar sobre a mente ansiosa, devemos definir o que é a mente. Comumente, muitas pessoas confundem mente com o cérebro e, para acabar de vez com essa confusão, vou realizar uma comparação com um computador.
Distinção entre cérebro e mente
Na realidade, somos muito parecidos com um computador, ou melhor, o computador é muito parecido conosco, como se feito a nossa imagem e semelhança. Pelo menos com relação aos aspectos mentais e cerebrais, explico melhor. Temos um mais potente e poderoso computador, jamais concebido por uma empresa de Tecnologia da Informação: o Cérebro Humano.
Primeiramente, a capacidade de processamento de informações do cérebro supera qualquer computador já construído. Ele é um computador biológico que, melhor que sua versão cópia que temos em residência, possui neuroplasticidade. Ou seja, tem a capacidade de mudar, conforme o estímulo externo que recebemos. Novas conexões podem ser formadas, novas células nervosas podem nascer.
Mas, e a mente? Bom, todo bom computador tem um sistema operacional, tipo Windows ou Linux, como um software, uma interface que faz operar os nossos computadores domésticos. A mente é esse sistema operacional, pelo qual operamos o poderoso computador biológico chamado cérebro. A mente não tem tamanho, não tem forma, não é vista, sendo a representação de pura energia.
A relação de Freud com a mente
Estabelecida a distinção entre cérebro e mente, podemos então falar sobre o básico com relação à mente, sua divisão, concebida teoricamente por Sigmund Freud.
Temos uma parte da mente que chamamos de Inconsciente, e outra parte chamada Consciente. Muita gente boa, inclusive da área de saúde, chama de “mente consciente” e “mente inconsciente”. Como se nós possuíssemos duas mentes, como dois seres distintos, independentes. Com isso, dizer “mentes”, no plural, pode trazer esse falso entendimento.
Na minha opinião, temos uma mente que didaticamente é dividida em inconsciente e consciente. Outrossim, há quem tenha criado uma outra subdivisão, logo após Freud, chamada de “subconsciente” que também, na minha opinião, seria nada mais nada menos que uma divisão didática, dentro do próprio inconsciente. Portanto, dispensável para fins de funcionamento do inconsciente.
O consciente e o inconsciente
Decerto, essas duas partes da mente funcionam sempre em conjunto, não trabalham de forma estanque. A parte consciente é analítico-racional, ou seja, o que percebemos pelos 5 sentidos é analisado para que possamos chegar a uma conclusão. Isso é o nosso raciocínio. Por outro lado, o inconsciente também capta informações pelos sentidos, porém essas são guardadas para uso futuro, como que fazendo a interface com o grande banco de dados de nossa vida.
Por exemplo, quando as pessoas estão aprendendo a dirigir. Para o novato em formação na autoescola, pode parecer exaustivo prestar atenção do lado de fora e fazer as coisas dentro de um veículo. Temos 3 pedais a serem acionados, um volante, alavanca de setas de direção, um câmbio, retrovisores e tudo isso tem que ser utilizado em conjunto. Para o consciente, é muita informação ao mesmo tempo, e o iniciante tem dificuldade em tentar processar todas essas utilizações em conjunto.
Saiba mais
Conforme vamos aprendendo, vamos jogando informações, por meio do inconsciente, para o cérebro. E como o trabalho do inconsciente é trazer recursos gravados para que façamos coisas de forma automatizada, quanto mais experiência temos, mais automatizamos tarefas na condução de um veículo.
Isso acontece ao ponto de um motorista experiente utilizar o seu consciente para analisar a direção que deve seguir e o inconsciente para todas aquelas tarefas com pedais, setas, volante, que agora são realizadas de forma automática, sem ter que exercer o raciocínio do consciente. Quanto mais experiente o motorista, mais reações rápidas e automáticas tem ao conduzir um veículo.
A mente ansiosa
Agora, feita a distinção entre cérebro e mente, entre consciente e inconsciente, podemos partir para uma definição do que vem a ser a mente ansiosa.
O Ser Humano e alguns poucos mamíferos, tais como Belugas, Golfinhos e Baleia Orca, possuem o córtex pré-frontal do cérebro mais avantajado, em comparação com outros mamíferos. O Ser Humano sai na frente, disparado, em comparação com esses mesmos mamíferos, que se destacam entre os outros animais.
Esse córtex pré-frontal mais desenvolvido confere a nós a capacidade de imaginação. E, com a imaginação, podemos pensar para o futuro, imaginando situações que ainda não aconteceram. Pensar para o futuro é como abrir várias janelas mentais sobre vários assuntos e situações. Quanto mais abrimos essas janelas, mais alta é nossa ansiedade.
As causas da mente ansiosa
Tem pessoas que acabam criando rotinas mentais de abrir muitas janelas ao mesmo tempo, deixando-as abertas. Isso fará essa ansiedade aumentar a um nível patológico, que trará consequências emocionais e fisiológicas. Uma pessoa com a mente ansiosa em demasia pode apresentar taquicardia eventual, respiração dificultosa em alguns momentos do dia e tensão muscular que pode culminar em dores.
Ademais, ela também estará mais irritada, mais intolerante. Além de mais estressada, mais nervosa e com dificuldade para se concentrar em uma única janela, pois são tantas abertas. Não se concentrando, terá dificuldade em memorizar atos comuns, pois memorizamos o que nos concentramos.
Não se sabe ao certo como as pessoas passam de uma ansiedade de nível normal para uma patológica (ansiedade alta). O mais aceito é que o estímulo externo, criado por situações vivenciadas, podem fazer uma pessoa criar a rotina de “abrir essas várias janelas mentais”, como um costume criado. Pesquisadores, tais como o Médico e escritor Augusto Cury, falam sobre a Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA). Essa síndrome é a hiper-estimulação de nosso aparelho psíquico por informações em demasiado.
Vivemos a era da informação, e cada vez mais necessitamos consumir informações. Essa exposição demasiada pode ser considerada, como disse, a um ou vários estímulos externos. Ela é a causa mais aceita para o aumento da ansiedade a um nível patológico, que transforma uma mente saudável em uma mente ansiosa.
Como resolver o problema da mente ansiosa?
Como solução para uma ansiedade alta, há várias medidas que podem ser tomadas. Existem as soluções medicamentosas, as terapêuticas ou psicoterapêuticas e as de mudança de hábitos. Ou, até mesmo, a conjunção de todas essas. Entretanto, não vou discorrer sobre as medicamentosas e psicoterápicas para não adentrar em profissões que não exerço. Mas, como terapeuta, posso falar sobre as ações terapêuticas e de mudança de hábitos.
Podemos utilizar terapias por meio da hipnose, como:
•Hipnose Condicionativa;
•Clássica;
•Hipnose Ericksoniana;
•Terapia da Linha do Tempo.
Além de outras que não são por meio de hipnose, mas que utilizam o acesso ao inconsciente, tais como:
•Constelação Familiar;
•Barras de Access;
•Reiki;
•Psicanálise, etc.
Outras ações
Outras ações, como mudança de hábitos, também podem nos ajudar a acalmar nossa mente ansiosa, como exemplo temos a meditação, as atividades desportivas, a vida mais simples, o lazer, etc. .
Esse artigo é apenas uma síntese sobre o assunto e foi elaborado baseado em minha experiência como terapeuta e como pesquisador autodidata da mente humana, principalmente com relação à ansiedade. Ele foi escrito com propriedade, em tom de assertividade, pois a maioria são ideias próprias, conjugadas de muito estudo e leitura sobre o tema. Talvez, algumas ideias aqui dispostas não coadunam com ideais de consagrados estudiosos, mas o objetivo foi ser original.
Se inscreva em nosso curso de constelação
Gostou do artigo e se interessa pela Constelação Clínica e Familiar? Acompanhe nosso blog e se inscreva em nosso curso, 100% EAD, que irá te ensinar tudo sobre a prática de Constelação e irá te transormar em um Constelador apto a clinicar e com muito sucesso!
O texto acima foi produzido por Welber Alves Costa, um de nossos alunos de Constelação Clínica.