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Amoris Laetitia: significado da expressão e do sentimento

amoris laetitia

A expressão Amoris laetitia ganhou mais destaque após a publicação da exortação apostólica do Papa Francisco, que aconteceu em 2016. De modo geral, esse termo significa “a alegria do amor”. Para saber mais sobre o que ele significa, te convidamos a ler o nosso post!

O que é Amoris Laetitia?

A tradução de Amoris Laetitia em latim, ao pé da letra para a nossa língua é, como dissemos acima, “a alegria do amor”. Como já dito, a expressão ficou mais conhecida após a publicação da exortação apostólica do Papa Francisco, em 2016. A obra tem como base os resultados de dois Sínodos dos Bispos sobre a Família que ocorreram em 2014 e 2015.

Só para contextualizar, a exortação apostólica é um documento pontifício que tem recomendações para um determinado grupo de pessoas. No caso do Amoris Laetitia, ele é destinado para todos os membros da Igreja, incluindo as famílias e as pastorais.

Sobre a exortação apostólica “Amoris Laetitia” do Papa Francisco

O documento Amoris Laetitia possui nove capítulos:

  • 1º – À luz da Palavra;
  • 2º – A realidade e os desafios das famílias;
  • 3º – O olhar fixo em Jesus: a vocação da família;
  • 4º – O amor no matrimônio;
  • 5º – O amor que se torna fecundo;
  • 6º – Algumas perspectivas pastorais;
  • 7º – Reforçar a educação dos filhos;
  • 8º – Acompanhar, discernir e integrar a fragilidade;
  • 9º – Espiritualidade conjugal e familiar.

Essa exortação apostólica destacou a possibilidade de que os divorciados que vivem em uma segunda união possam ser padrinhos e receber a comunhão. Aliás, eles têm a chance de serem catequistas na Igreja Católica.

Essas concessões são algo inédito, visto que a Igreja Católica proíbe determinadas atividades aos divorciados. Contudo, essa não é uma regra geral que todas as igrejas do mundo tem que aderir, mas trata-se de uma possibilidade de permissão que ficará a critério dos confessores.

Compreendendo o documento “Amoris Laetitia”

O principal objetivo da exortação apostólica Amoris Laetitia é reafirmar as diversas realidades e complexidades envolvidas na formação de uma família. Com um olhar aberto, Papa Francisco aponta uma necessidade de uma atenção pastoral à realidade das novas dinâmicas familiares.

O documento é fruto de várias experiências concretas de pessoas que sabem o que é viver juntos durante bastante tempo. Por fim, o Chefe da Igreja Católica apresenta uma linguagem que demonstra que ele compreende o que está falando e que traz tempos de esperança, além de práticas que podem ser adotadas pelas pessoas.

Primeiro capítulo

No capítulo de abertura, o Papa articula a sua reflexão por meio das Sagradas Escrituras. Traçando um paralelo entre o Salmo 128, uma liturgia muito característica nas nupciais hebraica e cristã, e a família atual, ele conclui que a família não é um ideal abstrato. Mas, sim, uma “atividade artesanal” que precisa de muita ternura.

Contudo, essa relação também pode ser marcada pelo pecado, caso essa relação seja transformada em domínio. Por isso, o Papa Francisco aponta que a Palavra de Deus deve ser uma companheira para as famílias, mostrando-lhes o caminho.

Segundo capítulo

No segundo capítulo, o documento aborda o contexto atual que as famílias estão passando. Alguns conflitos que elas enfrentam são, por exemplo, o abuso de menores e a violência contra as mulheres.

O Papa afirma que é importante prestar atenção a essa realidade, pois é por meio desses acontecimentos que o Espírito faz os seus pedidos. Por conta disso, a Igreja pode desenvolver uma compreensão mais profunda sobre a família.

Terceiro capítulo

O terceiro capítulo aborda os elementos fundamentais que a Igreja tem sobre a família. Por causa do olhar amplo sobre o mundo como ele é, o Papa também inclui as “situações imperfeitas”. Segundo ele, há aspectos positivos, que devem ser levados em consideração, nas estruturas familiares de outras tradições religiosas.

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    Quarto capítulo

    Focado no amor presente no matrimônio, o quarto capítulo de “Amoris Laetitia” gira em torno de descrever como é o amor humano na sua forma mais concreta.

    De modo surpreendente, há presença de um aprofundamento psicológico que aborda o mundo das emoções dos cônjuges, sejam elas positivas ou negativas. Além disso, discute-se sobre a dimensão erótica do amor. Vale ressaltar que este é um tema nunca discutido em outros documentos papais anteriores.

    Ao seu modo, o Papa Francisco traz um pequeno tratado sobre o dia a dia do amor. Por outro lado, o Chefe da Igreja Católica afirma que no amor conjugal, há uma abertura ao definitivo. Ou seja, há combinação de alegria e tristeza, sofrimento e libertação, características que constituem o matrimônio.

    Quinto capítulo

    Já nesta parte do documento, o foco é a fecundidade, a possibilidade de que o amor dê frutos. De modo espiritual e psicológico, o Papa fala sobre como os pais esperam uma nova vida florescer (gravidez). Contudo, também cita a fecundidade alargada, como a adoção e vida na família em sentido mais amplo, com a presença de outros parentes como os avós.

    Partindo para um âmbito social, há uma reflexão sobre os papéis que os jovens e os idosos possuem no processo de relação com os demais. Por exemplo, como os irmãos mais velhos influenciam os mais novos – algo que a constelação familiar também observa.

    Sexto capítulo

    Aqui, o Papa aborda como as pastorais precisam orientar para que haja famílias direcionadas para o plano de Deus. A exortação salienta que as famílias são agentes de evangelização.

    Além disso, o documento trata de um tema muito delicado para a Igreja Católica: o
    divórcio
    . Segundo, o Santo Padre este é um mal, pois há um aumento no número de separações entre casais. Logo, a pastoral deve ajudar as famílias que estejam passando por este processo.

    Sétimo capítulo

    Com o foco na educação das crianças, o sétimo capítulo reforça o papel que os pais têm na formação ética, na transmissão da fé e na educação sexual. Sobre este último tema, o Papa explica que é necessário abordar este assunto para que não haja uma banalização e o empobrecimento da sexualidade.

    Além disso, faz uma advertência sobre a expressão “sexo seguro”, pois passa uma ideia de que um possível filho é um “inimigo” de que o casal precisa se proteger. Essa ideia, segundo ele, promove um narcisismo – não um acolhimento.

    Oitavo capítulo

    No penúltimo capítulo, há um convite ao discernimento pastoral diante de contextos que não são algo que o Senhor deseja. Para o Papa, é preciso acompanhar, discernir e integrar esses fundamentos para que as pessoas possam responder essas situações de fragilidade.

    Nono capítulo

    Por fim, o Papa dedica o último capítulo à espiritualidade conjugal e familiar. Ele explica que a família é como um percurso que o Senhor usa para ajudar na união mística. Ou seja, tudo que é vivenciado em família é reflexo de como é uma participação na vida eterna.

    Para concluir, o Santo Padre escreve:

    “É uma experiência espiritual profunda contemplar cada ente querido com os olhos de Deus e reconhecer Cristo nele» (AL 323).

    Considerações finais sobre Amoris Laetitia

    A exortação trata de um dos assuntos que todos nós temos um certo apreço: a família. Para muitos membros da Igreja Católica, “Amoris Laetitia” é uma carta de amor que vai direto ao ponto trazendo ações práticas para toda a família.

    Embora seja um documento cristão, o assunto tratado serve para todas as pessoas, mesmo que não seja adepto a essa religião. Afinal, você pode encontrar ali uma bonita reflexão sobre como enfrentar as dificuldades do cotidiano familiar e desfrutar das alegrias presente na família.

    Para te ajudar a refletir sobre esse tema tratado no Amoris Laetitia do Papa Francisco, temos um convite para você: conheça o nosso curso completo de Formação em Constelação Familiar e Sistêmica. Assim, por meio da constelação familiar, será possível encontrar um equilíbrio na vida familiar. Então, não perca essa grande oportunidade!

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