No texto de hoje, você vai ficar um pouco mais por dentro de como funciona a fundamentação teórica da Constelação Familiar. Até mesmo quem já passou pela terapia ou fez o curso, não está muito claro qual o papel do representante na prática. Por esse motivo, fazemos um compilado de explicações e exemplos para tirar suas dúvidas. Contudo, caso não seja suficiente, no final do texto fazemos um convite que pode ajudar!
O que é a Constelação Familiar
Não tem como chegar em um conceito tão específico na prática da Constelação sem que antes apresentemos o básico. Temos ciência de que nem todos os nossos leitores são especialistas. Assim, é importante deixar pelo menos como a psicoterapia se estrutura em linhas gerais. Isso antes de adentrar em conceitos mais profundos.
Para você que não sabe o que é a Constelação, temos vários artigos aqui no blog do Constelação Clínica que abordam o tema. Contudo, podemos adiantar para você que se trata de uma psicoterapia que extrapola os limites do indivíduo na hora de resolver problemas.
Ao ler “extrapola os limites do indivíduo”, você pode até ficar um pouco assustado. No entanto, não estamos falando de limites físicos, tampouco emocionais. Nessa conjuntura, vale você rememorar o que conhece sobre terapias comportamentais.
A Constelação e suas diferenças com outras psicoterapias
Se você já passou por um tratamento com um psicólogo ou com um psicanalista, provavelmente deve ter feito isso sozinho. Além disso, em sua conversa com o profissional, deve ter aprendido a buscar em si mesmo a resposta para problemas e perguntas pessoais. Apesar de o terapeuta indicar maneiras de compreender as questões que você apresentou, no final das contas, muita coisa que podia ser mudada estava em você, não é?
Na Constelação, o tratamento ocorre de uma maneira que abrange mais elementos na hora de solucionar problemas. Em vez de conhecer apenas quem você é e acessar a sua vida por meio do que você pode trazer, o constelador tem interesse em analisar todo o seu sistema familiar. Chamamos a sua família de sistema por entender que cada elemento é uma parte integral e fundamental na vida de todos os demais.
Assim sendo, se um sofre, todos sofrem. Veja, é como acontece no corpo humano. Se todo o corpo está saudável, o indivíduo está saudável. Contudo, se um dos órgãos está doente, o indivíduo consequentemente fica doente também. No que tange a Constelação, você nem precisa estar mais vivo para interferir na saúde do sistema familiar. Uma mãe que já faleceu pode continuar interferindo na vida de seus filhos e netos por muito tempo.
Modalidades de tratamento com Constelação Familiar
Tendo em vista que um sistema é composto de muitas pessoas, você poderá pensar que é um pouco injusto começar o tratamento de um sistema por uma pessoa só. Contudo, isso não é verdade. É possível fazer um tratamento individual com Constelação. Em geral, o constelador pede para que a pessoa passando pela terapia explique como funciona o sistema familiar ao usar bonecos.
Por outro lado, é possível fazer com que um casal ou toda uma família se submetam à Constelação. Nesse caso, é possível trabalhar ferramentas de integração para resolver conflitos no sistema. Geralmente, esse tipo de trabalho é bastante produtivo, principalmente se todos estão interessados em participar. Faz-se muito isso na Constelação empresarial também, pois temos que uma empresa também é um sistema.
Contudo, quando a pessoa não quer fazer a Constelação individual, com o cônjuge ou com a família toda, é possível fazer uma constelação em grupo com pessoas que você não conhece. No entanto, lembre-se que mesmo assim, o objetivo da terapia é encontrar e tratar problemas a partir de um conhecimento mais profundo do seu próprio sistema. Nesse contexto, como fazer isso com desconhecidos? É aí que entra o conceito do representante!
O papel do representante na Constelação em Grupo
Quando você faz a Constelação em grupo, as pessoas que estão participando do procedimento com você geralmente não se conhecem. Contudo, tendo em vista o objetivo de compreender os sistemas familiares de cada um, essas pessoas atuam como representantes de membros do sistema familiar alheio. Assim, na hora em que você for analisar o seu sistema, terá a oportunidade de ter um representante de você mesmo.
Ademais, alguém interpretará seu cônjuge, seus filhos, seus pais e outras pessoas que seja pertinente acrescentar. Nesse contexto, cabe lembrar que nenhum representante tem a consciência de como essas relações familiares realmente se dão. Assim, para atuar, elas recebem informações do campo morfogenético, conceito que explicamos em um outro post. Em linhas gerais, a pessoa representante sente o que deve fazer.
O que é interessante aqui é que você também terá de assumir o papel de representar alguém. Assim, você também sentirá o poder desse campo quando chegar a sua vez.
Quem pode ser representante?
Não há muitas restrições para quem quer atuar como representante. Contudo, há algumas questões óbvias que precisam ser respeitadas. São exemplos:
- Querer ser representante,
- Não fazer a Constelação em grupo por obrigação,
- Se sentir confortável para desempenhar a função genuinamente.
Nessa conjuntura, é importante ter em mente que a Constelação em grupo é uma oportunidade para ver a sincronicidade se manifestar. Você pode até achar que não, mas é possível que ao atuar como representante, você não só ajude o outro a resolver um problema pessoal como consiga resolver o seu próprio. O mesmo se dá com a pessoa que escolhe representar no seu sistema familiar.
Ser representante pode ser uma ótima maneira de você entender como funciona a Constelação
Aproveitando que estamos falando em resolução de problemas tão diretamente, veja que, ao representar, você tem acesso direto a conceitos muito profundos da Constelação Familiar. Assim, ao passo que é constelado e ajuda o próximo, também aprende muito sobre o funcionamento da terapia. Trata-se de realmente aprender na prática, o que pode ser uma coisa muito boa para a sua educação de modo geral.
Dizemos isso porque muitas pessoas escolhem o que querem fazer na vida profissional após ver como o trabalho realmente funciona. Por outro lado, pessoas que nunca tiveram contato com um trabalho podem se decepcionar. Isso ocorre quando elas de fato ingressam no mercado de trabalho. Não é à toa que recebemos tantos alunos que estão insatisfeitos com a sua profissão. Contudo, eles acabam encontrando uma atuação interessante com a Constelação.
Considerações finais sobre a figura do representante na Constelação Familiar
Tendo em vista que você pode ter se interessado por como funciona a Constelação em grupo a partir deste texto, fazemos um convite!
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O melhor de tudo: você pode aplicar o que aprender como quiser. Assim, escolha se quer ficar com os conhecimentos a nível pessoal ou se deseja incorporá-los à sua profissão!