Constelação e Relacionamentos

A Rejeição da Mãe e o Perdão através da Constelação

rejeição da mãe

A sociedade impõe que toda família deve se amar e ser unida. Mas, o que fazer quando acontece a rejeição da mãe para com a filha? Confira agora nosso artigo sobre como ocorre o perdão através da Constelação Familiar para esses casos.

A Constelação e a reestruturação familiar

Nas constelações, aprendemos a honrar os ancestrais e a compreender o nosso papel nessa estrutura. Portanto, quando alguém se sente inadequado, tem sentimento de fracasso, escassez, frustração ou uma doença que perpetua na família, é hora de conhecer a Constelação Familiar Sistêmica. A técnica passa a limpo as relações entre parentes e ajuda resolver as desordens ocorridas no sistema familiar.

A rejeição da mãe

Há tempos venho buscando me curar das rejeições e maldições de minha mãe. Mas foi na Constelação que tive completo entendimento. Quantas vezes me peguei tentando sair de situações que me bloqueavam, impediam de eu viver sem dor, ser mais próspera, abundante, alegre, saudável. Era como se a vida estivesse bloqueada. 

A família é a base e o começo, dela herdamos as oportunidades e também as limitações. Antes eu não associava ao sistema familiar o fato de vibrar na escassez, a dificuldade em relacionamento íntimo amoroso. Além da minha solidão, depressão e fibromialgia

O início da história de rejeição da mãe

Minha mãe não conheceu seus pais biológicos. Ela foi adotada pela minha “avó”, que não teve filhos naturais. Logo depois, a irmã de minha avó morreu no parto e o filho que sobreviveu foi adotado também por ela,ou seja,seu sobrinho legítimo tornou-se filho. Sendo assim, o meu tio foi tratado com predileção, e minha mãe era obrigada fazer trabalhos pesados da fazenda, mal fez ensino fundamental. 

A história se repete?

Ela engravidou de mim aos 17 anos e escondeu a gravidez. Além disso, morava no interior e tudo era difícil, transportes eram a cavalo, charrete e muitas vezes era a pé.

Segundo o que sei, minha mãe foi com uma vizinha de companhia levar o filho ao médico. Andaram horas a pé e minha mãe tinha trabalhado muito no dia anterior, chegando ao destino, ela se sentiu mal e eu nasci com pouco mais de 1 kg e de 7 meses. Não houve pré natal, eu não nasci em um hospital e, no desespero, minha mãe repetiu o que fizeram com ela, me doou.

Ao saber do ocorrido, minha avó passou mal, e minha avó paterna que era contra o casamento foi me buscar e disse que ficaria comigo, tanto que fui registrada apenas com sobrenome do meu pai. Meus avós não consentiram que meu pai se casasse com minha mãe porque ela não era filha legítima. 

Então, eles programaram uma fuga, que foi impedida por um conselheiro e respeitado senhor, que fez meu pai reconhecer que deveria assumir eu e minha mãe. Assim, conseguiram se ajeitar e se casaram no mês seguinte que eu nasci. 

O início da minha história

Fui criada por eles e tive 6 irmãos, sempre fui comparada à minha avó paterna, como brava, difícil, gênio ruim e várias maldições. Isso fez com que meus irmãos repetissem e lançassem esses adjetivos sobre mim. Me lembro sempre de minha mãe doente, com dores, internada, fazendo cirurgias, tomando injeções. Enquanto isso,  eu cuidava de meus irmãos, com auxílio da vizinha que estava no meu nascimento. Meu pai sempre trabalhando muito.

Como a rejeição da mãe me afeta?

Sabe, antes ficava pensando porque todos meus irmãos tinham casa própria, carro e eu não. Eu andei 12 km por dia para fazer ensino fundamental e, para dar continuidade aos estudos, saí de casa aos 15 anos. Depois, fiz faculdade (toda orgulhosa) e, para minha surpresa, ninguém da minha família foi a minha formatura. Minha mãe perdeu o convite, esqueceu a data e ainda influenciou minha irmã que morava comigo a não ir. Hoje, linkando os fatos, me pergunto, será por isso que não exerci a profissão que tanto queria?

E foi assim. Hoje, meus pais ainda são vivos e mudaram bastante e eu estou em busca da ponta do fio e desfazer esse emaranhado. Diante da luz da Constelação os perdoei,principalmente a minha mãe por ter me rejeitado uma vida inteira, ou até aqui.

Autor anônimo.

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