Transtornos e Doenças

A visão sistêmica do Transtorno Mental

transtorno mental

É muito comum que crianças com transtornos mentais sofram discriminação e preconceito na sociedade. Ademais, as famílias dessas crianças, muitas vezes, não sabem como lidar e por isso, o sofrimento geral é instaurado. Confira agora nosso artigo sobre qual a visão sistêmica do transtorno mental.

A história de inclusão de pessoas com transtorno mental

A pessoa com transtorno mental, antigamente, era totalmente rejeitada pela família e sociedade. As pessoas com deficiências não participavam das atividades sociais da família. Elas eram excluídas, “escondidas” pelo fato da família não conseguir aceitar e de não saber lidar com o problema. Essas crianças eram chamadas de “retardadas, mongoloides, débil mentais, etc”.

Hoje em dia, há a inclusão das pessoas com transtorno mental na sociedade, permitindo que essas crianças convivam com outras nas escolas. Outrossim, isso permite que a criança receba uma estimulação mais abrangente, que é importante para o desenvolvimento cerebral, através de jogos brincadeiras, atividades, etc.

A família de crianças com transtorno mental

A criança com transtorno mental apresenta notável redução do funcionamento intelectual. Ademais, também ocorre limitação na comunicação, cuidados pessoais e atividades de vida diária. É no meio familiar que a estimulação começa e, portanto, é preciso que os pais sejam bem esclarecidos quanto às limitações da criança e da importância do tratamento.

 É um momento em que eles, os pais, precisam de suporte psicológico e acompanhamento. Pois eles estão abalados emocionalmente, inseguros. Despreparados para criar uma criança com necessidades especiais, com a discriminação que terão da sociedade e da própria família. É preciso ser trabalhado o luto do bebê idealizado e tanto esperado e a estruturação de ambiente familiar equilibrado.

Experiência na APAE

Durante os cinco anos que trabalhei na APAE(SP), atendi casos de bebês com atraso no desenvolvimento já diagnosticados como deficientes mentais. Além disso,  muitos pais informaram que receberam a notícia na maternidade, “que a criança não ia andar, nem falar e que não tinha o que fazer.” Crianças rendendo a faixa de limítrofe frequentando escolas para crianças com deficiência intelectual também era muito comum na época.

A família da pessoa com transtorno mental

Entendemos “família” como um sistema composto de pessoas. Ou seja, a base para o experimento e desenvolvimento, onde os membros interagem entre si, promovendo, ou dificultando, o desenvolvimento saudável desses membros. Quando um membro apresenta desequilíbrio, ele afeta os demais em termos de equilíbrio e organização. 

É através desse sistema que valores, cultura, afeto, suporte emocional e segurança são transmitidos. Para que o desenvolvimento e aprendizagem possam ocorrer, para que aprendam a amar e desenvolver a personalidade, é necessário que os indivíduos se relacionem com a sociedade no meio externo.

Todos nós precisamos de um ambiente harmônico e organizado para que possamos crescer, desenvolver nossas habilidades e aprendizagens. Assim, com a família, aprendemos as nossas primeiras lições de vida.

As mudanças com a chegada de um filho

A chegada de uma criança sem transtorno mental já transforma o sistema. Por isso, transformações se fazem necessárias, alterando a dinâmica da família. Mas o nascimento de uma criança com algum tipo de problema, seja ele qual for, vai inicialmente desequilibrar emocionalmente o sistema.

Os pais se sentem culpados e sofrem com o problema, sentem muita tristeza, frustração, raiva, passam por processos depressivos. Isso tudo pode afastar o casal. Mas, em alguns casos, pode torná-los mais próximos e unidos para manter a organização do sistema familiar.

E, para passar por esse processo, necessitam de muito suporte de todo sistema familiar. Além de amparo psicológico para aceitar a vinda de uma criança com transtornos. Eles precisam de compreensão da extensão desse problema, o que esperar e como lidar com ele, como auxiliar no desenvolvimento da criança. Além de entender a importância de colaboração de todos os membros do sistema, não sobrecarregando apenas um deles. Pois normalmente é a mãe que abraça esse papel.

Crianças com transtorno mental sofrem de exclusão

É muito comum que pessoas com deficiência mental sejam excluídas do sistema familiar. Além de ser excluídos pelos crianças na escola, festinhas de aniversário, brincadeiras, entre outras.

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    Na visão da Constelação Sistêmica, a exclusão de um membro do sistema familiar é muito grave, pois todos têm o direito ao pertencimento. A Constelação Familiar, considerando todos os eventos de gerações anteriores até as gerações atuais, nos permite identificar que repetições de padrões podem ocorrem devido a uma identificação com o membro que foi acometido do mesmo problema, ou por uma questão de ser leal àquele membro.

    A consciência coletiva faz com que o membro excluído seja lembrado. E, se isso não acontecer, provavelmente algum membro irá se identificar com aquela pessoa e ocupar o lugar dela no sistema familiar. Quando trazemos de alguma forma a pessoa excluída para dentro do sistema, o membro da geração atual que se identificou é liberado, e o sistema volta a se equilibrar. 

    Como equilibrar essa situação?

    Cabe à família o processo de inserção da criança especial e adaptação dela no contexto familiar e social como o primeiro ambiente socializador dessa criança especial. E que vai também influenciar a relação da criança com os meios externos, escola, sociedade de maneira geral.

    Ademais, pesquisas demonstravam que a chegada de uma criança especial na família revelava um cenário triste e desanimador. Nele, a família se sentia estressada e sobrecarregada (principalmente a  mãe), apresentando também depressão e isolamento social. Era uma maneira de não expor a criança, que em muitos casos nem era vista por outras pessoas. 

    Em resumo, com o decorrer do tempo, a importância dada à inserção social, não só das crianças com deficiência social, melhorou muito. Hoje em dia, a inclusão social não se baseia somente no processo de desenvolvimento da criança. Mas também no reajuste no âmbito social.

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    Autor anônimo.

     

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