O que gera a obesidade infantil? Como podemos nos precaver ou, até mesmo, resolver essa questão? E nossos ancestrais, eles têm certa culpa nessa questão? Confira agora nosso artigo sobre o olhar da Constelação familiar sobre a obesidade na infância.
A obesidade infantil é um tema atual e recorrente no cenário pediátrico. Por conta disso, uma a cada três crianças sofrem desse mal, segundo pesquisa do IBGE. Outrossim, esta condição pode acarretar diversos distúrbios físicos e psicológicos, tais como diabetes, colesterol alto, problemas ósseos, baixa autoestima e isolamento.
Ademais, os problemas decorrentes da obesidade infantil são carregados para a vida adulta se não forem tratados desde cedo pelos pais. Tão importante quanto tratar as consequências, é necessário entender as causas originárias da condição. Muito além de olhar para o quanto a criança come, é importante entender sua rotina e os aspectos psicológicos. A maioria dos casos tem fatores ocultos, como nas questões familiares ou, até mesmo, nas questões internas.
O que acarreta a obesidade infantil?
Alguns riscos, internos ou externos, são característicos e podem levar à obesidade infantil, dentre eles estão:
•dieta desequilibrada e de má qualidade (fast food, refrigerante, doces, etc);
•sedentarismo;
•genética;
•fatores psicológicos (ansiedade, stress, etc.)
Por isso, para melhorar a qualidade de vida da criança, a ajuda médica e psicológica são necessárias. Dessa forma, as condicionantes do distúrbio serão diagnosticadas e tratadas. Entretanto, isso só será possível se a família também for observada. Visto que o padrão familiar tem forte influência sobre os hábitos de seus componentes. Tão forte quanto a genética, o cotidiano familiar possui uma força incrível sobre as escolhas de vida de qualquer pessoa.
O tratamento convencional oferecido à criança irá contemplar a reeducação alimentar, a qual terá sucesso se todos da família participarem. Além dela, tem a inserção de atividades físicas na rotina diária e ajuda terapêutica com vistas a compreender o contexto psicológico. E, num cenário recente, temos a constelação familiar.
A Constelação familiar pode resolver?
A constelação familiar, aqui encarada como apoio para terapia, pode elucidar os possíveis emaranhamentos existentes. Suponhamos que, no histórico familiar, os ascendentes da criança tenham sido severamente privados de alimentação regular. Isso pode gerar um sentimento, para membro das gerações futuras, de que ele deve repetir esta condição, assim, ele poderá honrar esses familiares. Ocorre, então, ou a recusa alimento, ou a alimentação em excesso.
Portanto, essa técnica terapêutica não irá substituir os tratamentos convencionais. E, como coloca Bert Helinger, quando uitlizamos a Constelação Familiar, não devemos ter apego ao resultado. Assim, busca-se apenas “ver” os emaranhamentos e padrões (“eu vou no seu lugar” por exemplo). Não devemos buscar as constelações familiares pensando em resolver a questão ou curar o doente, isso por si só já retira a força inerente ao processo. Manter a mente limpa, sem ideias pré-concebidas ou comparações com outros casos são posturas necessárias para que possamos contemplar o que vier à luz dentro da constelação.
O que Hellinger tem a dizer sobre as causas da obesidade infantil?
Nos relatos de Bert Hellinger, encontramos algumas referências à obesidade infantil. Uma das situações vislumbradas é a não aceitação da “mãe” no coração da criança, fato que pode levar a essa condição de distúrbio alimentar. Também encontramos o relato de interrupções na fase de amamentação, gerando um bloqueio na pessoa em relação à comida, levando-a a comer em excesso.
Como a Constelação pode ajudar em casos de obesidade infantil?
Ademais, é inegável a grandeza do alcance da Constelação, no que tange os resultados benéficos na vida dos constelados. Assim, acredito ser possível entender e “dissolver” os emaranhamentos indutores da condição. Numa constelação em grupo, posicionaríamos com ajuda do constelado primeiramente os pais e ele próprio. Disso, podem advir várias dinâmicas, inclusive com questões ligadas aos avós e bisavós, questões de privação alimentar, rupturas na fase de amamentação, entre outras.
Em conclusão, ficamos com a proposta de manter um olhar aberto e desinteressado, respeitoso e isento de julgamentos, com a manutenção das terapias convencionais e a possível parceria entre estas e o constelador.
É muito importante que as famílias tenham apoio para superar essa questão. Gostou do nosso artigo e se interessa pela profissão de Constelador? Se inscreva no nosso curso, 100% online, e garanta seu sucesso como um grande Constelador, aproveite essa grande oportunidade!
O artigo present foi escrito por Luciana Fregolente, aluna do nosso curso de Constelação Clínica.