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Traumas, medos e fobias para a Constelação (guia completo)

A forma como nos relacionamos com o mundo pode acabar projetando temores em nossa perspectiva sobre eles. Assim sendo, os traumas, medos e fobias podem surgir de qualquer situação e nos acompanhar até o fim da vida. Vamos entender como a Constelação enxerga essas questões e alguns exemplos cotidianos das mesmas.

Sobre o medo

O medo surge quando o nosso corpo emite sinais alertando sobre algum perigo próximo a nós. Com isso, passamos a ficar alertas e evitando qualquer situação que nos coloque em risco e faça mal. Ainda que em algumas situações isso pode ser infundado, em outras pode ser algo real, como uma resposta automática a uma caminhada em locais escuros.

Assim, esse medo acaba se concentrando em nosso aspecto sentimental, trazendo à tona essas sensações primitivas e primárias. Tratando-se de Constelação, nosso campo energético alerta para algo que está errado conosco ou com o ambiente. Mesmo que não consigamos explicar, somos movidos à sobrevivência o quanto antes isso acontecer.

Em geral, os medos surgem de maneira muito intensa e rápida, mexendo rapidamente com as nossas emoções. Graças a essa intensidade que a nossa postura muda e perdemos quase toda a força para confrontá-lo. A depender da sua natureza, é quase impossível.

Fobias

Medos e fobias partilham da mesma singularidade, sendo esta um nível mais elevado do primeiro. A pessoa com fobia não possui quase nenhum controle sobre si quando exposta ao agente estimulante do seu pavor. Graças a esse estado elevado de ansiedade e aversão a algo, sua rotina comum acaba se alterando negativamente ao redor.

As fobias podem surgir através de traumas, mas principalmente de um medo ansioso de algo sem substância lógica. No caso, são situações comuns e rotineiras a qualquer pessoa, mas que se tornam uma prisão mental para o indivíduo que tem a fobia. Os maiores exemplos de fobia são:

  • Acrofobia – medo de altura ou lugares altos;
  • Agorafobia -medo de espaços públicos ou abertos ou de multidões;
  • Aracnofobia – medo de aranhas;
  • Catastrofobia – medo de catástrofes e tragédias ambientais, como enchentes, terremotos e trovoadas;
  • Claustrofobia – medo de lugares fechados, pequenos e apertados;
  • Fobia social – medo de outras pessoas ou de ficar exposto a elas;
  • Glossofobia – medo de falar publicamente;
  • Hematofobia – medo de sangue e atividades/objetos envolvidos, como injeções ou feridas;
  • Monofobia – medo mórbido da solidão;
  • Nictofobia – medo do escuro ou da própria noite;
  • Tanatofobia – medo da morte e de assuntos envolvidos;
  • Zoofobia – medo de animais, mesmo os inofensivos.

As diferenças entre os medos e fobias

Medos e fobias partilham da mesma natureza, mas isso não os faz serem iguais em todos os aspectos. O que os difere essencialmente é que a fobia é muito mais intensa que o medo e quase incontrolável. Sem contar que a fobia dura muito mais que as manifestações comuns do medo.

O medo é uma resposta natural de qualquer animal ao longo da sua vida. Embora seja incômodo, o mesmo é passageiro quando algumas respostas internas são alteradas ou o estímulo muda. A fobia, por sua vez, gera um descontrole maior, afetando a mente e o corpo da pessoa.

Obviamente, essa resposta a um estímulo de fora compromete a sua qualidade de vida e impede de realizar algumas atividades. Muitas pessoas não se aproximam de animais, palhaços, formas geométricas, espaços fechados, entre muitas outras coisas. Alguns elementos mais comuns do que outros e que não podem ser evitados.

Não vale a pena ver de novo: o trauma como fruto

Direcionando a conversa para as sequelas dos medos e fobias, saiba que os traumas se tornam evidentes quando se revive sem intenção uma memória dolorosa. Situações mais recentes acabam ativando gatilhos internos que fazem o indivíduo reprisar uma dor antiga. Com isso, surge a angústia de retornar até a vivência do seu trauma guardado.

A palavra trauma em sua própria essência grega significa “ferida”. Ou seja, trata-se de um ferimento emocional causado por fator externo e que repercute internamente. Nesse caminho, a pessoa traumatizada pode criar proteções para que consiga se preservar. Uma das respostas mais comuns a isso é o isolamento social, em que a pessoa evita o contato com pessoas, mas prejudica seu convívio social. Isso por si só já carrega um montão de outros problemas.

Além da ansiedade, outras pessoas, em casos mais graves, podem alimentar pensamentos suicidas. Sem contar que é comum se tornarem dependentes químicos, bebendo ou fumando bastante.

Sintomas

Em relação aos medos e fobias, os sintomas dependerão exclusivamente da natureza deles. Contudo, existem características mais generalizadas que ajudam na percepção do problema e que são facilmente reconhecidas, como:

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    Evita situações específicas que causem desconforto

    Sejam pessoas, eventos, momentos ou mesmo itens específicos, o fóbico evitará a todo custo encarar isso. Não que seja por má vontade, mas sim pela incapacidade de controlar a si mesmo diante desse objeto.

    Fuga

    Caso seja forçado, o mesmo vai fugir a todo custo de encarar o agente que alimenta o seu medo exagerado. Isso acaba dando margem a falta de controle sobre isso e a reações escandalosas.

    Alterações corporais

    Também é comum que haja mudanças nos batimentos cardíacos, sudorese e alguma dificuldade em respirar. Nesse ponto, quem sofre com a fobia acaba acreditando que está perto de morrer. Todavia, isso é apenas a ansiedade tomando conta das suas funções vitais.

    Como tratar?

    O tratamento para os medos e fobias consiste, essencialmente, no uso de psicoterapia para tal. A proposta é que o seu comportamento possa ser condicionado, mudado e levado até um nível sadio de resposta ao mundo. Com isso, o indivíduo vai lidar melhor com a sua ansiedade, lidando com o irracional e agindo na conversão das causas.

    Se for necessário, alguns medicamentos podem ser incluídos para lidar com os sintomas e diminuí-los. Quanto à ansiedade, por exemplo, ela pode ser regulada, bem como a inquietação, pensamentos oscilantes, entre outros. O terapeuta vai indicar qual o medicamento a ser usado e a dosagem recomendada.

    Os traumas na Constelação familiar podem ser revistos em terapia para que se possa lidar melhor com eles. Todas as conexões serão observadas para determinar a raiz, os efeitos e como modularam a vida do visitante. Com toda a certeza a Constelação familiar pode ajudar o paciente a lidar melhor com as suas feridas emocionais.

    Dicas

    Ainda que um especialista seja o mais indicado, você pode ajudá-lo abrindo caminho para ele. Com essas dicas, você pode se manter claro aos seus medos e fobias, entender como te controlam e virar o jogo:

    Identifique do que tem medo

    Muitas pessoas acabam confundindo a origem dos eventos com o próprio problema em si. A exemplo, você pode pensar que possui medo de elevadores, mas tem medo de lugares apertados e fechados na realidade. Compreenda todo o percurso daquilo que inibe o seu bem-estar.

    Evite guardar isso para si mesmo

    Por vergonha ou medo de julgamento, muitas pessoas acabam guardando caladas todo o sofrimento que passam. A ideia é que faça justamente o contrário, conversando com pessoas de confiança e amenizando o peso. O auxílio recebido ajudará a ter algum conforto e preparo para lidar com o problema.

    Entenda que pode relaxar

    Existem algumas técnicas bem simples que podem ser utilizadas para melhorar a sua respiração e relaxamento. Por exemplo, meditação, mindfulness, controle respiratório ou projeção mental ajudam a lidar com o descontrole emocional.

    Hábitos saudáveis

    Exercícios físicos e uma alimentação adequada ajudam tanto o corpo quanto a mente. Através disso, uma pessoa pode construir as bases que precisa para ter equilíbrio e direcionar melhor as suas reações.

    Seja paciente

    Não vai superar seus traumas, medos e fobias do dia para noite, sem contar que isso também não é saudável. O esforço colocado e tempo dedicado farão toda a diferença sobre isso, adicionando os tijolos firmes sobre os quais é necessário caminhar.

    Considerações finais sobre medos e fobias

    Ser refém dos próprios medos e fobias é como conviver preso a uma avalanche prestes a te esmagar. Apesar de parecer poético, essa é a sensação que muitos possuem quando expostos aos agentes dos seus traumas. Por mais difícil que pareça, é preciso se mover para abrir caminho e lidar diretamente contra esses estímulos.

    De modo geral, como aberto linhas acima, um terapeuta qualificado pode te ajudar a cuidar dessas pendências. Entretanto, você mesmo pode iniciar o seu tratamento em conjunto com ele tomando iniciativas pessoais a isso. Tenha em mente que não pode se deixar prender por seus medos e tem o direito de ser uma pessoa livre e feliz.

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