Constelação e RelacionamentosConstelação Familiar

Conheça as Origens da Constelação

A terapia revolucionária passou por muitas etapas e empecilhos para hoje se difundir com a força que tem. Ainda desacreditada por alguns, a Constelação familiar continua trabalhar de forma engenhosa para a solução de conflitos internos em um ambiente social. Continue a leitura e entenda alguns caminhos que ajudaram nas origens da Constelação.

As origens da constelação: o começo de tudo

Bert Hellinger, o criador da terapia, passou longos 16 anos como missionário numa tribo Zulu. Ao conviver com os nativos da região africana, Bert percebeu que os problemas ali eram compartilhados. Não havia apenas um indivíduo com dificuldades. Assim, a comunidade tomada esse mesmo problema e trabalhavam juntos para solucioná-lo.

Ao retornar à Alemanha, tomou a Psicologia como caminho para se aprofundar nas mais diversas terapias. No entanto, ele aliou esses estudos com outros conceitos para escrever o primeiro escopo de sua teoria. Inicialmente, devido à sua complexidade, a terapia foi vista como algo fantasioso por boa parte da comunidade científica e do público.

Mais tarde, a terapia recebeu embasamento por conta da teoria de Rupert Sheldrake. Segundo ele, os genes transmitem memórias de antepassados aos descendentes. Assim, a Constelação familiar afirma que esse campo é capaz de registrar informações e influenciar o comportamento de futuros membros daquele círculo. Nesse contexto, eles posteriormente contribuirão para a existência desse vínculo através de ações e comportamentos.

Propósito

Desde as origens da Constelação, o intuito era identificar as causas de comportamentos destrutivos em um grupo específico. Nesse contexto, o movimento indica a existência de ações que se repetem a cada geração, fomentada por informações de seus membros com o passar do tempo. Com isso, padrões de comportamento são heranças dos antepassados.

Entretanto, esse campo fornece atitudes tanto positivas quanto negativas. Assim sendo, no caso da segunda, um indivíduo prejudica o próprio crescimento diante de outras pessoas. Isso porque, no seu campo familiar, anteriormente, algum ancestral praticou a mesma ação e a deixou impregnada. No entanto, isso maculou o campo e influenciou que outro membro a praticasse.

A Constelação familiar é capaz de identificar o que está por trás desses comportamentos tão erráticos. Ao expor a sua história ao constelador, o responsável pela condução da terapia, o paciente indica a ele como o problema pode ter surgido e como se manifesta. Assim, ao fazer um resgate desse campo familiar, o terapeuta em conjunto com seu paciente é capaz de reverter a situação.

Como funciona

Assim que o paciente sente que há questões que ele não consegue resolver só, a terapia pode entrar em ação. Como nas demais, existe uma sessão onde o terapeuta e esse cliente conversam rapidamente. Após isso, o paciente irá expor o que o aflige e como isto o está afetado na vida pessoal e profissional.

Na terapia, através de objetos que representem a sua família, o paciente indicará a sua posição em relação a cada um. Assim, cabe agora ao constelador entender as reações do cliente ao se relacionar com cada figura representada ali. É por meio delas que o profissional encontrará o caminho para entender o que está afetando diretamente aquele cliente. Isso é feito desde as origens da constelação.

Quando o conflito é exposto, chega a hora de fazer a integração dele. A dinâmica conduzirá o paciente a aceitar e entender o porquê de tal figura impactar tanto em sua vida. Este, por exemplo, poderá aceitar fatos que antes eram negados ou até integrar pessoas que foram tiradas daquele círculo, bem como se afastar de outras para manter seu equilíbrio.

Leis

Segundo Hellinger, há três leis básicas que regem o funcionamento de um sistema familiar. Isso porque essas leis influenciam diretamente no modo de vida de um indivíduo quanto ao círculo familiar. O não cumprimento de algumas delas colabora para degringolar a relação em família.

Confira as três leis que acompanham a terapia desde as origens da Constelação:

Lei da ordem

Esta lei afirma a ideia de que toda família tem uma hierarquia e cada membro ocupa uma posição nela. Quem nasceu antes tem preferência, uma posição maior do que quem veio depois. Desse modo, a bisavó tem prioridade quando colocada diante de uma avó. Esta última tem prioridade quanto a uma mãe e assim sucessivamente.

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    Entretanto, quando essa ordem é quebrada há o surgimento de conflitos dentro dessa família. Assim, quando um membro ocupa a posição do outro, uma tensão se forma e contorce a hierarquia natural que conduz os membros. Geralmente ocorre quando um filho precisa assumir o lugar de algum dos pais, fugindo de seu posto naquele seio parental.

    Lei do equilíbrio

    A Lei do equilíbrio defende que há um fluxo rotacional numa família ou relacionamento. O “dar” e o “receber” atuam de forma complementar, reciclando aquele contato social. Através desse equilíbrio é que se estabelece uma relação de apoio e compartilhamento.

    Contudo, quando um indivíduo dá demais ou o outro só recebe tende a gerar conflitos. Em relação a afetos, por exemplo, quando um parceiro ama demais e o outro se mostra incapaz de retribuir faz com que o primeiro se afaste. Não é regra, mas é comum. Em alguns casos, quando não encontra afeto no próprio lar, tende a encontrar outro parceiro.

    Lei do pertencimento

    Inerente a qualquer espécie, os indivíduos sabem e tem a necessidade de fazer parte de um grupo. Ao nascer, uma pessoa tem o direito irrevogável de pertencer àquela família. Desse modo, mesmo que haja um consenso sobre a exclusão de ente pelos demais, ele não perde esse direito.

    Quando o indivíduo é excluído desse sistema por motivos visto como escandalosos, gera uma ruptura nesse sistema familiar. Acreditando que a exclusão resolveria, ela tem o efeito oposto. Sua ausência causará feridas naquele círculo e essas dores se repetirão em algum momento. Deste modo, sua falta será o agente perturbador naquele sistema.

    Onde aplicá-la?

    A terapia é um caminho bastante flexível para entender perturbações em um sistema. Assim, quando a necessidade surgir, um agente proativo pode recorrer à terapia. Independente do lugar, essa se moldará para solucionar o problema, como por exemplo:

    Em casa

    Toda família tem problemas. As nossas diferenças em determinado momento podem eclodir e se chocar com os demais. Contudo, pode haver mais elementos nas sublinhas que não estão à mostra. A Constelação é capaz de enxergá-los e montar estratégias para resolvê-los, restaurando o equilíbrio da família.

    Na escola

    Quando um aluno vai mal na sala de aula, o professor imediatamente percebe que há algo errado. Mais notável ainda é quando acontece com alunos exemplares. A terapia pode descobrir o que está atrasando esse aluno e ajudá-lo de forma que compreenda. Nesse caminho, ele pode voltar receptivo e ávido ao ambiente de aprendizagem.

    No trabalho

    Um local de trabalho é pautado pelo trabalho em equipe, ou seja, um membro depende de outro. Mas esse ambiente pode apresentar declínios quanto ao comportamento de algum funcionário. Aplicando a terapia, é possível reintroduzi-lo naquele ambiente, mostrando um profissional mais disposto a alcançar seu potencial pessoal e contribuir para o crescimento da empresa.

    As origens da Constelação familiar mostram que todos estamos conectados com o berço. Influenciados por esse meio, nos portamos de acordo com a herança parental que recebemos. Nossas atitudes também são reflexo das atitudes de nossos ancestrais. Dependendo do seu teor, podemos nos prejudicar gravemente nos relacionamentos.

    A Constelação é sábia quanto a isso. É por meio dela que encontramos essas falhas e estabelecemos o nosso cerne. É uma lavagem comportamental.

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    5 thoughts on “Conheça as Origens da Constelação

    1. texto muito profundo e nos faz repensar alguns pontos de nossa vida que precisa ser trabalhado de uma forma diferente.

    2. Ual, realmente vejo o quanto a Constelação vai poder contribuir comigo e com meus pacientes, o texto acima reflete muitos traços se refletirmos sobre o comportamento humano, heranças genéticas, costumes, povos, etc., trazendo uma reflexão inspiradora para a vida humana. Gostaria muito se possível de fazer parte de um grupo de discussões, pois venho realizando um trabalho na área da saúde sobre cuidados paliativos e vejo que a Constelação terá muito a somar neste momento, até conseguir realizar o EAD.

    3. Muito bom, aprofunda-nos nos meandros da mente e junto com outras terapias emanadas também do nosso subconsciente, é possível resolver inúmeros problemas que fazem as pessoas sofrerem sem saber a causa.

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