Você já ouviu alguém falar que “está se sentindo bipolar”? Ou pior, alguém dizer que é bipolar só porque está se sentindo feliz e, de repente, está triste? Atualmente, a banalização do transtorno bipolar é frequente. Com isso, essa doença deixa de ter sua devida importância e passa a ser tratada como “frescura”. Você sabe o que é o transtorno bipolar e como a Constelação Familiar pode ajudar? Confira agora em nosso artigo!
O que é o Transtorno Bipolar?
O transtorno bipolar é caracterizado por alterações marcantes do humor, energia e níveis de atividade que afetam a habilidade da pessoa de lidar com as tarefas do dia a dia. Todo mundo pode sentir mudanças de humor, mas elas não são duradouras e nem associadas a mudanças do nível de energia ou do comportamento.
Além disso, a hereditariedade provavelmente tem uma participação no transtorno bipolar. E não há um quadro específico, pois os episódios de depressão e mania podem ocorrer separados ou juntos. Ademais, a pessoa pode passar por um ou mais períodos de tristeza excessiva e perda de interesse na vida, e um ou mais com períodos de euforia, extrema energia e normalmente irritabilidade. Isso com períodos de humor relativamente normal entre eles.
Para o início do tratamento, o médico irá basear o diagnóstico em um perfil de sintomas. Após o diagnóstico, alguns medicamentos que estabilizam o humor, como o lítio e certos anticonvulsivantes (medicamentos normalmente usados para tratar convulsões) poderão ser indicados. E, às vezes, a psicoterapia e a terapia poderão ser indicadas como ajuda.
Classificação da bipolaridade
O Transtorno Bipolar recebe esse nome porque inclui os dois extremos, ou polos, dos transtornos do humor, depressão e mania. O transtorno bipolar afeta igualmente homens e mulheres. Além disso, ele começa normalmente na adolescência, na faixa dos 20 ou dos 30 anos. Em crianças, esse transtorno é raro.
A maioria dos transtornos bipolares pode ser classificada como
- Transtorno bipolar I: a pessoa já apresentou, no mínimo, um episódio maníaco completo (que tenha impedido de desempenhar suas funções normalmente ou que inclua delírios) e, normalmente, episódios depressivos.
- Transtorno bipolar II: a pessoa já apresentou episódios depressivos importantes, pelo menos um episódio maníaco menos grave (hipomaníaco), mas nenhum episódio maníaco completo.
No entanto, algumas pessoas apresentam episódios que lembram um transtorno bipolar, mas que são mais leves e não atendem aos critérios específicos de transtorno bipolar I ou II. Esses episódios podem ser classificados como transtorno bipolar inespecífico ou transtorno ciclotímico.
As fases do transtorno bipolar
O transtorno bipolar pode ser identificado por fases e, a partir daí, é que podem ser apontados os sintomas. A fase maníaca pode durar dias ou até meses. Veja agora alguns dos sintomas dessa fase:
- Compulsão alimentar;
- Gastos excessivos;
- Hiperatividade;
- Capacidade de discernimento diminuída.
Já a fase depressiva pode ser caracterizada pelo:
- Desânimo diário ou tristeza;
- Perda de peso e de apetite;
- Fadiga ou falta de energia;
- Baixa autoestima;
- Pensamentos sobre morte e suicídio e outros.
Existem casos em que os sintomas da fase maníaca podem ocorrer junto com os da fase depressiva, configurando-se como estado misto.
O que causa esse transtorno?
Não se sabe ainda a causa exata do transtorno bipolar, mas alguns fatores podem contribuir para este problema, como as peculiaridades biológicas, por exemplo. Elas mostram que pessoas com transtorno bipolar apresentam diferenças físicas em seus cérebros, com atividade anormal dos neurônios. No caso dos hormônios, o desequilíbrio hormonal também está entre as possíveis causas, além da hereditariedade.
O transtorno bipolar não tem cura, mas pode ser controlado. Ademais, para o tratamento, podem ser utilizados medicamentos, psicoterapia, terapia e mudanças no estilo de vida. Por exemplo, o fim do consumo de substâncias psicoativas (cafeína, anfetaminas, álcool e cocaína, por exemplo), o desenvolvimento de hábitos saudáveis de alimentação e sono e redução dos níveis de estresse.
O diagnóstico do transtorno bipolar é clínico, baseado no levantamento da história e no relato dos sintomas pelo próprio paciente ou por um amigo ou familiar. Em geral, ele leva de oito a nove anos para ser concluído, porque os sinais podem ser confundidos com os de doenças como esquizofrenia, depressão maior, síndrome do pânico e distúrbios da ansiedade. Daí vem a importância de estabelecer o diagnóstico diferencial antes de propor qualquer medida terapêutica.
O transtorno Bipolar na visão da constelação familiar
Por fim, observa-se sempre na Constelação que houve uma cena violenta e há um assassinato na linhagem dos ancestrais da família do pai ou da mãe. Sempre aparece um agressor e existe a vítima. O cliente “psicótico”, que apresenta os sintomas ou distúrbios, exerce ambos os papéis alternados – e mostra que a paz não foi selada nas gerações anteriores. Além disso, o distúrbio pode passar de geração em geração. Nos grupos de constelação, “o agressor” e a “vítima” demonstram desagrado com a vingança desejada por ambas as famílias. A solução e o alívio acontecem quando a vítima concorda com uma frase dita pelo agressor: “Sinto muito”. Assim, isso libera as famílias do peso da vingança, e enfim, a constelação pode ajudar desde que o cliente se entregue e queira ser ajudado.
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Já conhece a história de vida do Bert Hellinger?
O Texto acima foi escrito por Ivone T. Nossal Bevilaqua, especialmente para o nosso Blog Constelação Clínica.