Você sabia que muitas terapias são utilizadas em conjunto? Por exemplo, a Constelação Familiar e a Terapia Ocupacional. Estas duas técnicas terapêuticas, quando aliadas, auxiliam muito a vida do paciente. Quer saber mais? Então continue a leitura!
Depoimento: como conheci a Constelação Familiar?
Em meados de 2009, eu estava cursando uma pós-graduação em Atenção Integral à Família quando ouvi pela primeira vez o termo Constelação Familiar. A professora relatou um estudo de caso e considerei muito interessante o processo.
Devido às demandas específicas do curso e a tantas informações, na época, não me aprofundei no assunto. Contudo, o termo ficou internalizado na minha memória. Dez anos se passaram e, agora em 2019, o tema retornou em minha vida com muita força.
Isso aconteceu de tal forma que hoje estou na busca da formação em Constelação Familiar. O fato se deu quando minha irmã, através de uma amiga, tomou conhecimento dessa terapia e resolveu se submeter aos processos de Constelação em grupo e Constelação Individual com Bonecos.
As influências da Constelação Familiar na minha vida
Apesar de eu nunca ter sido constelada, tinha um pouco de conhecimento sobre o processo presencial em grupo. Porém, não sabia do atendimento com bonecos. Assim, me encantei com as possibilidades, e minha irmã me contou sua vivência.
Comecei a refletir sobre nossa família através dos olhos dela e de suas impressões. Assim, pude ver que vários fatos e situações de nossa infância foram percebidas e sentidas de forma diferente. Ademais, uma sensação de necessidade invadiu minha alma. E isso desencadeou em mim uma grande vontade de enveredar por esse caminho.
Minha formação acadêmica é em Terapia Ocupacional. Portanto, atuo como Terapeuta Ocupacional na área de Saúde Mental, atendendo pacientes com transtornos mentais leves e graves, e também os casos de uso e abuso de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas e dependência química.
Como a Constelação auxilia a terapia ocupacional?
A Terapia Ocupacional é uma profissão abrangente que atende desde recém-nascidos até idosos. Ademais, o terapeuta avalia diversas situações e condições em que a funcionalidade e independência do cliente fica comprometida e o impede de realizar suas atividades cotidianas. Por exemplo, de estudo, lazer, trabalho, convivência social e familiar.
Assim, os quadros clínicos a serem avaliados são muitos, como os neurológicos, os déficits cognitivos e psicomotores, transtornos mentais e outros relacionados ao uso de drogas e dependência química. Por isso, o profissional em questão tem como foco analisar o histórico de vida pregressa e atual da pessoa, qual sua função e papel na família e sociedade e como está inserida nesse contexto.
Além disso, diversas atividades e procedimentos são usados como recurso terapêutico ocupacional para promover tratamento. Além da reabilitação, capacitação, autonomia e qualidade de vida para o cliente. Dentre esses recursos, o atendimento em grupo é muito utilizado pela Terapia Ocupacional.
A Terapia Ocupacional e a Constelação Familiar
A Constelação Familiar na Terapia Ocupacional oferta uma dinâmica maravilhosa. Isso porque a Constelação amplia o olhar do profissional. Este passa a compreender o cliente além de sua integralidade (corpo e mente) e passa a enxergá-lo também de forma sistêmica.
Assim, o profissional passa a perceber o indivíduo, em toda sua complexidade e especificidade, em ação no seu sistema familiar e social, e com esses sistemas exercendo forças sobre ele. Todo o processo não se restringe apenas ao diagnóstico, mas também na relação e interação que esta pessoa tem com a história de sua família.
Por isso, passamos a compreender não apenas a doença ou o problema que o cliente enfrenta, mas o nascedouro de seu sofrimento. A pessoa constelada compreende todo seu histórico de vida e de seus antepassados. O que realmente pertence a ele e o que ele absorveu ou assimilou como sua realidade, mas que de fato não é.
Conclusão
Em resumo, a Constelação Familiar é um processo libertador. Pois tira a pessoa das amarras que ela desconhece. Assim, considero um processo belíssimo e de pleno respeito e ética às pessoas envolvidas.
Por fim, quero me capacitar, agregar e articular os saberes teóricos e práticos para contribuir na superação das dificuldades que a pessoa enfrenta, nos emaranhados que as impede de viver de forma leve e suave, sem o peso das questões mal resolvidas que as atormentam e aprisionam.
Enquanto profissional da área de saúde e futura Consteladora, quero ampliar meu olhar e me tornar um profissional que contribui da melhor maneira possível na qualidade de vida e no desenvolvimento humano.
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O artigo acima foi escrito por Fernanda Beatriz Andrade Lopes, aluna do nosso curso de Constelação Clínica.