Como sabemos, o conceito de família vem se diversificando com a passagem do tempo. Se antes tínhamos apenas a formação tradicional reconhecida como tal, hoje diversas composições podem amplificar o significado dessa rede. Conheça mais sobre a família anaparental e como a sua estrutura funciona.
O que é família anaparental?
A família anaparental é o círculo familiar onde a presença do pai ou mãe não se faz ativa. Ao contrário de outros modelos familiares, os genitores não participam da criação física, mental e moral dos filhos. Seja por qualquer motivo, essa responsabilidade é repassada à outra pessoa, geralmente os avós ou tios.
Ainda assim, esse modelo de família não peca em nada em relação a um modelo mais comum. Isso porque os laços construídos também permitem a passagem do afeto e comunhão entre os membros. Graças a isso, acaba por se tornar uma realidade familiar reconhecida socialmente.
Contudo, o mesmo não se aplica ao Estado e aos estudiosos do Direito. Esse modelo de família ainda não é reconhecido judicialmente como tal. Isso porque a Constituição Federal não consegue enquadrar esses indivíduos na exata proteção estatal das demais famílias. Tanto que, até o presente momento, o artigo 226 da Constituição ainda permanece inalterado.
Como se forma a família anaparental
Mesmo que ainda não tenha uma legislação própria, a família anaparental é um retrato cada vez mais comum no Brasil. A cada dia, avós assumem a posição que caberia aos pais, provendo a guarda legal que os netos precisam. A partir daí, as crianças têm, não só os avós, mas tios e outros parentes para compor seu quadro familiar.
Contudo, a formação não se restringe apenas a esse modelo. Os próprios irmãos desamparados podem cuidar um do outro, denunciando uma realidade mais triste. Isso acontece, às vezes, quando eles não têm a quem recorrer. Dessa forma, um filho, geralmente mais velho, acaba suprindo as necessidades emocionais, sociais e físicas dos irmãos.
Além desses, cabe ressaltar que esse modelo não agrupa apenas os familiares. Indivíduos sem qualquer laço sanguíneo podem construir o seu modelo de família e viverem como tal. Isso se constrói, por exemplo, na ajuda física e no apoio sincero da amizade, sem qualquer indução ao sexo.
Vínculos
A família anaparental se apoia nos mesmos pilares de qualquer outro modelo. Ou seja, são eles que ajudam a fomentar e reciclar a relação entre os membros desse novo plano. Graças a isso, podem valorizar a ligação que possuem, usando a para evoluir como indivíduos e como grupo. Em geral, se estruturam nos seguintes pilares:
Amor
Esse já se denuncia no momento em que a realidade é permitida. Cuidar de um indivíduo, mesmo que seja do seu sangue, é um gesto bastante amoroso. Isso porque você está se propondo a se doar por aquele ente e busca ensinar os valores que possui da vida. Dessa forma, acaba por replicar o que carrega de bom em si e observa os efeitos disso na prática.
Carinho
As dificuldades existem, independente da forma de como seu círculo seja composto. Dessa forma, o carinho que ambos dão ajudam a amenizar esses empecilhos. Não o bastante, também servem para mostrar o quanto aquela formação é preciosa. Esse é um aspecto irrevogável desse modelo de família.
Companheirismo
O apoio é uma ferramenta incondicional nessa relação. Ainda que, inicialmente, um dependa mais do outro, ambos se ajudam. Os problemas são divididos e trabalhados de maneira conjunta, de modo a solucionar a situação. Como uma verdadeira família, de modo simplório, um não deixa a peteca do outro cair.
Amparo legal da família anaparental
Como mencionado nas linhas acima, a família anaparental não possui uma legislação que assegure direitos e deveres. Isso implica no modelo unilateral de trabalhar algumas questões familiares. Como esse modelo de família é bastante flexível, legisladores se sentem impossibilitados de trabalhar sobre ele.
Infelizmente, essa situação permite um desamparo legal quanto a algumas questões. Irmãos que crescem sozinhos e constroem patrimônio, por exemplo, não se encaixam no mesmo modelo de uma família tradicional. Não há como, segundo especialistas, enquadrar a situação de ambos em casos mais convencionais e simplistas.
Exemplos
Ainda que o Brasil tenha se tornado o laboratório desse tipo de realidade, isso pode vir de qualquer lugar. Assim como na realidade, a ficção também se utiliza do tema para abordar alguns aspectos da família. Em parte, assim como na realidade, é o que ajuda a fomentar alguns aspectos da construção familiar. Seja real ou fictício, confira esses casos:
O mundo sombrio de Sabrina
A produção fictícia da Netflix conta a história de Sabrina Spellman, uma garota metade humana e metade bruxa. Quando ainda era bebê, seus pais foram vítimas de um trágico acidente de avião. Dessa forma, sua guarda legal acabou indo para as suas tias, Zelda e Hilda Spellman. E, desde de então, a jovem foi educada e amada por essas duas figuras.
No decorrer da série, podemos notar a relação maternal que as mulheres possuem com a sobrinha, especialmente Zelda. Ela possui uma postura mais rígida e controladora, se opondo à rebeldia natural de Sabrina. Em dado momento, num momento de fúria, a jovem responde que ela não é sua mãe. Devido à ligação emocional que construiu, Zelda se sente profundamente magoada.
Neta postiça
Essa é uma história emocionante correu a internet nos últimos tempos. Uma jovem cuidadora de idosas terminaria em breve o seu trabalho em uma casa de apoio. Neste meio tempo, surgiu uma produtiva amizade entre ela e uma das residentes. Sentindo que a idosa não teria a quem recorrer após a sua saída, essa jovem decidiu adotá-la.
Ainda que pareça inusitado, a mulher conseguiu a guarda legal da mulher e passou a cuidar dela como sua avó. O ato foi louvado por muitas pessoas, que parabenizaram a iniciativa de prover condições melhores à idosa. Note que não se trata de bens materiais, mas, sim, afeto, cuidado e proteção.
Comentários finais sobre a família anaparental
A família anaparental é uma realidade cada vez mais vigente no país. A cada dia, surgem novos relatos de uma construção nova em andamento. Independente disso, a mesma trabalha como qualquer outra, propondo aos amparados a realidade mais próxima à qual eles teriam com os pais.
Infelizmente, ainda não foi trabalhado um amparo satisfatório a esses membros. Dada à dinâmica de formação entre os membros, a legislação se encontra perdida em como trabalhá-los. Cabe a nós também ajudar a procurar por soluções que mudem essa realidade.
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