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Virando a página: superar traumas e relacionamentos

Infelizmente, não estamos preparados para alguns eventos da vida que nos impactem profundamente. Graças a isso, desenvolvemos traumas que tornam nossa vida bastante difícil, às vezes. Caso esteja passando por isso, peço que continue a leitura e se descubra virando a página.

Sobre nossos relacionamentos

Nossas relações são pautadas na interação diária e contínua entre duas ou mais pessoas. A comunhão de nossas vontades é o que alimenta a relação, fazendo sua manutenção e ajudando a perdurar. É um movimento mútuo. É como se existisse um canal invisível que transporta nossas emoções e intenções com o parceiro.

Entretanto, o fluxo proposto por esse canal pode sofrer alterações em seu caminho. Em dado momento, uma das partes pode contribuir para o prejuízo dessa conexão. As oposições, brigas ou desavenças certamente são um veneno que ajuda com isso. Aos mais extremistas, a violência acaba se tornando argumento para valer seu ponto de vista.

O resultado são duas pessoas despedaçadas, às vezes uma mais que a outra. Esse trauma funciona como uma rachadura interna, rompendo a plenitude de alguém com seu bem-estar e com o tempo. Muitas pessoas se deixam vencer por isso, deixando essas feridas crescerem mais do que deveriam.

O que pode causar um trauma

Infelizmente, não há um número limitado de fatores para o surgimento de traumas. Eles são resultados diretos de qualquer perturbação emocional que a gente sofra. Graças a isso, podemos ser bombardeados a qualquer momento. Veja alguns dos fatores mais comum a esse mal-estar:

Perda

Em um relacionamento saudável, nos ligamos de corpo e alma com o parceiro. Essa ligação nos conforta e acolhe, servindo de base para qualquer empecilho. Contudo, quando perdemos o parceiro repentinamente, teremos dificuldades em processar a nova realidade. Por ter um contato tão próximo com a morte de alguém, um indivíduo se fragiliza e pode se destruir por dentro.

Violência

A violência nos relacionamentos, infelizmente, é algo bastante comum. Independente de ser física, psíquica ou verbal, cada golpe prejudica nossa autoimagem e nos traz sofrimento. Assim, não estamos e nunca estaremos aptos a enfrentar esse mal e as consequências em nossas vidas sempre serão desastrosas.

Abuso sexual

Mais especificamente em mulheres, essa crueldade sensibiliza e prejudica qualquer estrutura psicológica. É uma violação máxima da identidade e existência da vítima, deixando-a marginalizada diante de outras pessoas. Muitas levam anos para superar isso e, às vezes, nem conseguem superar.

Desilusões

Ainda que não enxerguemos, carregamos preferências pessoais por quem queremos ficar. Entretanto, muitas pessoas reduzem seus relacionamentos a ideias surrealistas e pouco alcançáveis. Assim, ao compararmos algumas atitudes do parceiro com essa persona imaginária, nos decepcionamos profundamente.

Dessa forma, aos poucos e implacavelmente, o indivíduo acreditará que o amor que procura é impossível. Todo contato se torna desilusão e um convite para a solidão.

Consequências

Os traumas podem ser comparados a feridas inflamadas em nossa carne física e mental. A todo momento estão acenando, nos lembrando de sua existência. Dessa forma, nos roubam o foco de coisas produtivas. Por exemplo, muitas pessoas se sentem incomodadas em estar diante de um público. Em suas mentes, a aglomeração significa um cenário para um potencial julgamento em massa.

Ademais, um indivíduo traumatizado dificilmente acreditará em si ou em algo que faz. Isso resulta em uma frustração diante de alguns objetivos, o que não seria esperado de uma pessoa confiante.

Não o bastante, uma pessoa traumatizada pode se tornar agressiva. Mesmo que tenham sido vítimas desse abuso, também o compreendem como uma saída mais rápida a um novo abuso. Ainda que em uma nova relação saudável, isso pode interferir em sua interação.

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    Tratamento

    Mesmo atingindo um número expressivo de pessoas, é possível iniciar um novo movimento, virando a página e buscando a cura. Para tanto, o uso da psicoterapia tem trazido excelentes resultados. Isso ameniza um risco elevado de atingir o estado de doença crônica.

    Ao iniciar o quanto antes o tratamento, um indivíduo consegue inibir a evolução para um quadro de Estresse Pós-Traumático. Dessa forma, a intervenção do psicólogo o ajudará a se livrar de pesos e culpas infundadas que afetarão o tratamento. Por meio dele, o paciente colocará sua dor para fora, bem como reconhecer o sofrimento.

    Com o passar do tempo, o paciente demonstrará mais tolerância à dor, minimizando seus sintomas. Conseguirá se sentir mais motivado e evitará outros problemas maiores, como dependência química ou depressão.

    Dicas para superar: virando a página

    Felizmente, muitas pessoas estão virando a página e buscando uma saída para seus problemas. A busca por uma postura mais positiva é o suficiente para mudar o quadro dessa imensa ferida aos poucos. Não será uma jornada fácil, mas tudo dependerá da sua força de vontade. Sendo assim, veja algumas dicas para superar seus traumas e relacionamentos:

    Não se vitimize

    Naturalmente, carregamos um sentimento de injustiça em cada ferida. Afinal, não tivemos a chance de ser consultados sobre aquela dor ou não. Se fôssemos, provavelmente dispensaríamos os momentos negativos. Pensamos em algum modo de encontrar nossa participação naquilo, uma culpa. Evite esse exercício, visto que prolongará o seu retorno e o transformará em algo doloroso.

    Encare sua dor

    Jamais tente acobertar a sua dor. Quando escondemos o que sentimos de nós mesmos, o problema ganha mais força para nos atormentar. Assim, busque entender tudo o que está te acometendo e tente aprender com isso.

    Faça uma autoavaliação

    Ao vivermos traumas, temos um receio de expor o que acontece para outras pessoas. Assim, deixamos e fazer isso com medo do julgamento. Contudo, se não consegue conversar com alguém, converse consigo. Você não pode mentir ou ocultar nada de si. Abra espaço para um diálogo produtivo com você mesmo.

    Autoconfiança

    O trauma é apenas um pedaço de sua história e não da sua identidade. Não permita que ele iniba as boas qualidades que possui, bem como a audácia de contornar situações. Quando somos autoconfiantes, temos uma vantagem na recuperação da dor.

    Objetivos

    Um ótimo jeito de superar o trauma é esculpir novas metas. Virando a página desse modo, conseguimos buscar pelo o que vem depois. Tente fazer um planejamento ao alcance, onde há chances reais de dar certo. Ter uma meta foca nossas energias a algo construtivo.

    Os traumas são resultados da nossa incapacidade de lidar com aquela dor. Calma, não é um julgando, já que somos humanos e seres falhos. É a resposta que encontramos para processar aquela dor, contudo, nem sempre vem com boa roupagem. Isso nos fragiliza, nos sufoca, impede que a gente viva.

    Não tente fugir desse mal. Por mais estranho que seja, viva essa dor. Quando encaramos nossos medos, podemos entender sua natureza e nos livrar dele. Você pode e dever viver feliz e pleno. Se acha que não consegue sozinho, tudo bem, procure a ajuda que precisa e construa a imagem que você quer e pode ser.

    Considerações finais

    Se estiver virando a página, conta para a gente como está fazendo isso. Não precisa se abrir sobre o problema se não quiser, mas diga onde busca a força que precisa no momento. Sua história de sobrevivência pode ser parecida com a de alguém e seu relato pode ajudar outras pessoas. Falamos mais sobre este e outros assuntos no Curso de Constelação Clínica online.

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