Constelação FamiliarTranstornos e Doenças

Transtorno de personalidade para a Constelação Familiar

O transtorno de personalidade é um tema que tenho explorado ultimamente para aprender a lidar com uma pessoa que tem esse tipo de doença de caráter. Saber onde e o porquê essas pessoas se tornam assim é muito importante. Saber se é doença física ou emocional. Se é adquirida ou já nascem com essa sequela.

Diferentes visões sobre transtorno de personalidade

É um assunto que apesar de ter livros e artigos ainda é nebuloso. Com muitas interpretações.

Psicólogos, neuro psicólogos, psiquiatras colocam como uma doença sem cura, em alguns estágios pode ser tratada com remédios e acompanhamento psicológico, mas ainda sem dar certeza de cura.

Três grupos de classificação

O transtorno de personalidade seria um controle da doença, um tratamento para toda a vida. Mas são muitos os níveis da doença. No livro Psicopatas do Cotidiano, a psiquiatra Katia Mecler, coloca em três grupos.

  • O grupo A onde tem controle com antidepressivos e terapia, podendo o doente ter qualidade de vida. Nesse grupo estão o bipolar e os esquizofrênicos.
  • No grupo B entram os borderline e o sociopata. Nesses casos não há perda de juízo da realidade e a resposta à medicação é precária uma vez que a anormalidade não se expressa em sintomas. Esses casos já estão em um grupo de personalidades limítrofe.
  • No gupo C, já entram os psicopatas com características de serial Killer.

Mas como definir como está uma pessoa que apresenta mais de um tipo de comorbidades, como estabelecer uma ajuda sem que sua vida vá por água abaixo pelas mentiras, manipulações, abusos.

Análise de um caso de transtorno de personalidade

No caso, dessa pessoa que conheço, o borderline é bem claro, assim como o comportamento antissocial, esteve envolvido com dependência química, já tendo sido internado em clínica. Um outro fato é que ele é adotivo. Pouco conheço dos seus pais.

A Constelação Familiar de Bert Hellinger diz que todas as crianças são inocentes e são naturalmente boas. Amam a família a ponto de adoecer e morrer por ela. E que há algo na família que está doente.

Na visão sistêmica, um membro com essas sequelas, se apresenta como bode expiatório para reparar um dano físico ou mental cometido ou sofrido por antepassados. É como se estivesse se sacrificando pela família. Então tem sua vida desestruturada, com sérios comportamentos antissociais e inadequações em seus relacionamentos.

Um exemplo de atendimento de Bert Hellinger

Vi num livro do Bert Hellinger um atendimento que foi através de uma assistente social, que levou o caso de um rapaz. Ele não tinha transtornos tão graves. Porém sua vida como a de seus familiares estava bastante abalada.

Nessa constelação, Hellinger coloca representantes para o rapaz, o pai e a mãe e com a abertura do campo notou-se que o nó sistêmico estava mais próximo ao pai. Então foram incluídos personagens para o avô, bisavô e tataravô. No campo foram tratado esses ascendentes e a resposta veio de uma reação positiva desse rapaz em questão.

Mas não vi mais nenhum relato de casos assim, onde há abordagem de transtorno de personalidade.

Conclusão

Já foram feitas constelações para esse rapaz que falo anteriormente. Tanto em relação a família de sangue como em relação a família adotiva. Mas ele permanece como numa bolha, não houve melhoras quanto ao transtorno de personalidade. Ao contrário, as comorbidades da doença ficaram nítidas. O que fica muito claro é o aspecto borderline.

Ainda acredito que a resposta está em sua ascendência genética. E que o fato das respostas não estarem aparecendo é porque ele mesmo não se compromete com fazer a terapia presencial. Até então tem sido feita através de permissão por parte dele, mas não com sua presença.

    NÓS RETORNAMOS PARA VOCÊ




    Quero informações para me inscrever na Formação EAD em Constelação.

    Mas essa resistência não é sobre constelar, mas em qualquer tratamento psicológico. Até mesmo quando esteve internado não se abria. Demorou muito tempo até que fosse possível um diagnóstico, por sua personalidade instável.

    Artigo escrito por Elaine Raduan, especialmente para o blog do Curso Constelação Clínica.

    Deixe um comentário

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    18 − 4 =