Com a rotina corrida que levamos hoje em dia, esquecemos um elemento vital em nossas vidas: a união. A cada dia, o nosso modo de vida nos empurra a uma situação mais individualista, afastando a importância de uma relação conjunta. Entenda como todos somos um e o que isso significa num panorama geral.
Por que devemos ficar juntos?
Desde a Antiguidade, a humanidade definiu o seu lugar como um coletivo. Por meio disso, encontraram um caminho para se defender dos perigos presentes na época. Não o bastante, descobriram o poder da cooperação para ficarem vivos e saudáveis por mais tempo. Já que funcionavam como grupo, podiam estender suas atividades aos demais membros.
Com o passar do tempo, a humanidade entendeu que parte dessa união derivava de ideais compartilhados. Sendo assim, construíram bandeiras e ideias para unificar e agregar os membros. Graças a isso, muito dos comportamentos que presenciamos hoje se perpetuam, como os movimentos religiosos ou tradições regionais.
No fim das contas, a ideia de ficar juntos remete à preservação da nossa própria essência. Nossa participação no coletivo garante que o mesmo funcionará de forma plena. Junto a isso, a nossa própria contribuição ao sucesso daquele meio também conta. Nosso trabalho em ajudar algo ou alguém fica melhor e mais fácil quando somos todos em um.
Todos somo um na família
A família é o nosso primeiro e principal objeto de união. Graças a ela, recebemos o material necessário para lidar com as variáveis do mundo externo. Ela nos ajuda na formação do caráter, personalidade e resiliência a qualquer empecilho. É a nossa primeira professora, nos ensinando diariamente o que é ser um indivíduo.
Contudo, quando os nossos próprios laços familiares estão maculados, refletimos isso a qualquer direção. O que deveria se tornar berço de trocas sadias acaba por inflamar feridas que sangram em outros círculos. Nossa relação parental consegue nos adoecer e nos empurrar para baixo, definhando o conceito do que deve ser união.
Portanto, os pais devem trabalhar esse laço com os filhos desde a mais tenra idade. Ainda que exerçam autoridade, também podem ser amigos e aliados. Isso gera admiração, tornando os jovens mais próximos dos adultos. Não o bastante, no futuro, essas crianças replicarão o bom exemplo que receberam dos genitores e passarão aos próprios filhos.
Todos somos um no trabalho
Quando saímos do seio da família, nosso próximo estágio de coletivo é com os amigos e o trabalho. Essas relações tem um direcionamento mais leve que a família, não carregando as mesmas responsabilidades, por exemplo. Sendo assim, algumas pessoas se sentem à vontade para contar fatos pessoais sem sentirem medo de julgamentos.
Entretanto, as amizades exigem respeito e colaboração mútua para funcionar. É uma troca sentimental que deve ser dada e retribuída, pois dessa forma que se superam os desafios. Quando todos somos um em nossas amizades, nos tornamos mais sucedidos. Tal troca também é vista no ambiente de trabalho.
O trabalho em equipe numa mesma organização visa o mesmo objetivo: obter o sucesso. Cada membro desempenha um papel dependendo de outra pessoa. Dessa forma, o sucesso e o fracasso devem ser distribuídos de forma igualitária entre os funcionários. Para manter o trabalho no caminho certo, as trocas equivalentes e união se mostram fundamentais na jornada.
O que é necessário?
Para ajudar a manter a harmonia nas relações é preciso dedicação. Como dito linhas acima, a união se vale das trocas equivalentes entre os indivíduos. Sem isso, fica bastante complicado aderir ao laço afetivo e social com qualquer pessoa. Sem mais delongas, veja o que pode ajudar a união entre as pessoas:
Respeito
Em qualquer vínculo afetivo e social, devemos ter em mente que outras pessoas possuem integridade. Dessa forma, devemos respeitar a sua imagem, como forma de mantê-la e não maculá-la. Ser respeitoso com alguém significa saber de suas qualidades e histórias, bem como a contribuição ao coletivo.
Tolerância
Felizmente, não somos moldados pela mesma placa. Isso significa que cada pessoa, por mais próxima que seja, não é igual a outra. Contudo, essas diferenças podem se chocar e resultar em conflitos, muitas vezes dispensáveis. Sendo assim, devemos entender as diferenças, abrindo espaço para que exponham sua opinião e só depois argumentar.
Reciprocidade
Da mesma forma que recebemos algo, também é conveniente devolver. Ressalto que aqui não se trata necessariamente de bens materiais, mas, sim, ações e sentimentos. Caso alguém tenha nos apoiado em momentos de dificuldade, por exemplo, devemos retribuir a ação. Não como forma obrigatória, mas para repor a energia que este nos repassou.
Em relações mais íntimas, devemos nos ater a retribuir o amor e companheirismo que recebemos. Nada é de graça e portanto o parceiro também merece um retorno equivalente. Todos somos um quando agimos de forma complementar.
Compartilhamento
Muitos de nós têm acesso a ferramentas que nos ajudam a progredir. Entretanto, outros membros não dividem da mesma disponibilidade. Seja algo comportamental, sentimental e até físico, devemos compartilhar o que possuímos. Ainda que pareça pouco a nós, o gesto e o objeto dividido significam bastante para quem o recebeu.
Benefícios
Quando a união do trabalho conjunto toma conta dos indivíduos de um mesmo círculo, estes podem desfrutar de benefícios únicos. Esse sistema coletivo permite uma facilidade no modo de vida em sociedade. O melhor é que todos podem usufruir delas. Afinal de contas, todos somos um, aproveitando da:
Cooperação
Como o jargão popular, nenhum deixa a peteca do outro cair. O trabalho em conjunto possibilita um alcance maior na execução dos projetos. Não o bastante, também contribui para uma qualidade e eficiência em qualquer procedimento. Quando se trabalha em equipe, tempo também é poupado e pode ser usado para outras coisas produtivas.
Afeto
Quando todos somos um, significa que uma grande corrente de afeto está ativa. Sentir-se querido e acalentado por alguém aquece nossos relacionamentos. Isso resulta em um prazer imediato quando interagimos com alguém do círculo ou encontramos novas pessoas.
Lições
Em nossas relações temos mais facilidade em partilhar experiências. O contato direto com as histórias de alguém nos expõe a vivências que provocam a reflexão. Entendendo os acontecimentos de terceiros como foram, podemos montar uma estrutura própria para lidar melhor com nossas adversidades.
Nascemos em um berço coletivo e devemos prosseguir dessa forma, pois assim teremos mais chances de sucesso. Não apenas no mundo externo, mas em nosso interior também. As relações e unificações que mantemos fazem um bem colossal à nossa saúde, reestruturando nosso bem-estar físico e mental.
Sendo assim, devemos nos esforçar para trabalhar nossas habilidades socioemocionais. Isso vai garantir a elevação das partes positivas e integrativas de nossas mentes. Dessa forma, valorizaremos e manteremos um afinco pelo cuidado com cada relacionamento que mantemos. Ainda que separados fisicamente, todos somos um e precisamos cuidar de cada parte integrativa.
E você? Como anda o seu trabalho em conjunto com a família e colegas de trabalho? Sobre tudo o que foi dito aqui, deixe nos comentários a visão e valores que carrega sobre o assunto. O bate-papo construtivo será seguido com muito prazer. Não se esqueça: em nosso curso online de Constelação Clínica abordamos tanto os relacionamentos no trabalho quanto na família. A Constelação Familiar sabe que todos somos um. Confira!