A adolescência é um período de transição bastante delicado para a vida adulta. Muitos adolescentes não conseguem trabalhar o acúmulo de necessidades pela frente e acabam por encerrar as próprias vidas. Visando combater isso, confira sete dicas de como prevenir o suicídio.
O que leva alguém ao suicídio?
Embora acima esteja mencionado a adolescência, não se sabe concretamente o que leva alguém ao suicídio. Ao contrário do que muitos pensam, o suicídio não é um ato de covardia, mas de extrema coragem. Para se tomar a escolha de retirar a própria vida, o indivíduo precisa pensar em toda a dor que sente. Com isso, a morte parece ser a melhor escolha.
Com isso, podemos linkar a atitude com um desgosto natural pela vida. Em geral, a felicidade em estar vivo é autossustentável, já que cada boa nova experiência conduz a outra. Motivados pelo desejo em reviver tal sensação, procuramos viver e descobrir cada vez mais em prol disso. O suicida não compartilha disso e caminha na rota oposta.
Para ele, não há mais nada que o motive em estar vivo. As coisas parecem sem sentido e propósito, aumentando a apatia deste pela vida. Com isso, embora fisicamente esteja bem, ele começa a definhar existencialmente, entrando em um processo de “morrência”. Acompanhado de uma angústia sufocante, a única saída se torna não sentir tudo isso.
A depressão e o suicídio
Comumente, e de forma simplista, muitos afirmam que o suicídio é resultado mais fundo da depressão. Entretanto, nem todo suicida se mata por conta de uma depressão. O ataque a si mesmo é influenciado por vários fatores que juntos somam a esse final trágico. Não é porque alguém tem depressão que necessariamente se matará.
Nesse conjunto se encontra a própria disposição genética do indivíduo para influenciar. Embora apenas isso não o faça se matar, se fomentado por outros fatores, pode colocar a sua vida em risco. Por exemplo, tente imaginar alguém com disposição genética, depressão e falta de oportunidades? Temos aqui alguns ingredientes ao desastre.
Ademais, a própria composição individual do ente pode influenciar na tomada dessa decisão. O comportamento, a sua personalidade, afetividade são exemplos de como esse ser foi construído. Podemos deduzir que, se tudo isso estiver declinado, de forma complexa, pode levá-lo a se matar.
A prisão sem muros
Muitos pais cometem o erro de tentar inibir o contato do seu filho ao mundo externo. A ideia é que o mesmo se proteja de qualquer estímulo externo que possa levar ao suicídio. Contudo, não existe barreira para que a concepção dessa ideia não seja construída. A internet, por exemplo, é permeada por cultos e ovações a quem tira a própria vida.
Quando se está isolado, mas com a acesso ao mundo, ele seletivamente pode buscar orientação externa específica. Muitas pessoas recorrem aos fóruns para encontrar métodos eficazes de se matarem e, infelizmente, alguns conseguem. Cabe ressaltar que o risco da internet continua o mesmo, mas a consciência sobre o perigo aumentou.
Com isso, os pais devem se manter perto o suficiente para acompanhar o desenvolvimento do filho. A ideia é que o mesmo tenha sua autonomia necessária para entender as mudanças que passa. Entretanto, que ainda tenha consciência suficiente para que saiba que pode contar com os pais.
Sete dicas de prevenção
Quem pensa em suicídio geralmente dá pistas de que isto pode e vai acontecer. Dessa forma, é preciso atentar para alguns sinais que indicam a sucessão de eventos catastróficos. Com isso, tente prestar atenção em:
Problemas de conduta
Conduta alterada por um período de tempo considerável deve ser levada em conta. A frustração que este sente se concentra também na forma errática que este age em relação à vida. Assim, evite interpretar isso como chantagem emotiva.
Preocupação excessiva com a morte
Isso fica claro no costume em citar a morte ou o suicídio, alegando falta de perspectiva com a vida. Dessa forma, fique atento a como isso se manifesta, seja oral, escrito ou por desenhos.
Indicações verbais
“Eu quero morrer” ou “Preferia estar morto” são as alegações mais comuns. Embora tenham tom irônico, ressalta um sentimento de angústia interna não externado.
Intenções suicidas
Procure verificar se o jovem passou a usar roupas mais longas e grossas, mesmo em clima quente. Embora não seja universal, muitos costumam esconder marcas de mutilações para evitar questionamentos.
Ataques
Não raro, é possível que alguns passe a atacar outras pessoas sem motivo algum. Em geral, muitos acreditam que não viverão mais e podem descontar sua raiva nos demais.
Eventos vulnerabilizantes
Traumas recentes podem desencadear algo que já estava instalado. Desse modo, oferte apoio sempre que algo abater esse jovem.
Isolamento
Por fim, preste atenção a uma preferência do jovem por ficar sozinho. Intuitivamente, ele sabe que é nesse momento que poderá fazer o que quiser. Faça com que o mesmo seja acompanhado de perto e seja assistido continuamente.
Onde buscar ajuda
Diversas entidades proporcionam atendimento facilitado para quem quer prevenir o suicídio. A ideia é promover assistência física e psicológica, de modo que os indivíduos se sintam acolhidos. A ajuda pode vir da:
CAPS
O Centro de Atenção Psicossocial compõe um serviço de saúde a quem vive situações de tormento ou sofrimento mental. Isso inclui também quem se vale de substâncias de forma a se tornar um dependente. O objetivo do CAPS é atender o maior número de pacientes em uma comunidade, assim possibilitando o acesso de todos.
UPA 24h
As Unidades de Pronto Atendimento fazem parte de um extenso conjunto de tratamento à vida. Com isso, incorporaram em suas equipes diversos profissionais voltados à saúde mental. Dessa forma, quem não tem condições de ir a um médico particular, pode recorrer ao atendimento público.
CVV
O Centro de Valorização da Vida proporciona apoio e prevenção a quem pensa em se suicidar. De forma gratuita, atende via fone, e-mail e até chat 24 horas. Assim, quem passa por tormentos psicológicos tem sempre com quem se abrir de forma sigilosa.
Universidades públicas
Em geral, as universidades do país conferem atendimento psicológico gratuito à população. Dessa forma, quem não pode pagar pode recorrer a um atendimento de qualidade e gratuito. É uma troca aos estudantes de Psicologia e quem precisa de ajuda.
Considerações finais sobre suicídio para conscientizar pais e mães
A ideia em retirar a própria vida deriva de vários fatores sobrepujados por uma angústia sufocante. Muitos jovens necessitam de acompanhamento para oferecer suporte em uma fase de grandes mudanças em suas vidas. Com isso, os pais devem se prontificar a manter uma linha aberta com seus filhos. Isso vai permitir que se sintam acolhidos e amparados.
Embora não exista receita pronta a evitar o suicídio, cada esforço conta, de modo a garantir a segurança dos jovens. Caso esteja passando por situações semelhantes as descritas acima, tente chegar calmamente com seus filhos. Mostre que há algo a mais além da relação pais-filhos. Torne-se amigo deles.
Entender o que eles passam fica mais fácil quando se sabe como. Com isso, invista na sua formação em Constelação familiar. A psicoterapia auxiliará na forma de reabilitar o jovem à vida.
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