Por vezes, a natureza nos compele ao envolvimento em conflitos para defender nosso ponto de vista. Ainda que sejam desgastantes, muitas pessoas acreditam que é a única saída, pouco se importando com as consequências. Assim, se você é daqueles que acreditam em uma solução pacífica, continue a leitura e veja como a Constelação familiar pode ajudar.
Por que as pessoas entram em conflitos?
Os conflitos são resultados da dualidade em algumas situações, vistas como algo incompatível. Os elementos envolvidos se mostram opostos naturais, provocados pelas circunstâncias ou perspectivas dos envolvidos. Graças a isso, é bastante difícil chegar a um consenso em nosso íntimo ou em grupo, dificultando uma tomada de decisão.
Os conflitos se originam das divergências entre mais de duas pessoas. Isso porque ambas possuem interesse mútuo naquele assunto, mas opinam de forma diferente. Assim, um mal-estar é gerado da incapacidade mútua de lidar com a opinião do outro, quando não se trabalha para entender. A depender do conflito, é possível gerar traumas nos envolvidos.
O campo morfológico
Mais uma vez, podemos recorrer ao campo morfológico da nossa família. As impressões gravadas nele podem nos induzir a tomar determinada posição durante os conflitos. Sistematicamente falando, reproduzimos as ações de nossos ancestrais em situações passadas. Assim sendo, ainda que sejamos os resultados dessas ações, continuamos a perpetuá-las.
Isso porque o campo morfológico da família nos induz às mesmas situações como forma de reparação. Seguindo o mesmo roteiro, tendemos a praticar os mesmos atos divergentes que antes foram de nossos ancestrais. Graças a isso, sem uma orientação positiva, seguimos pelo mesmo caminho, dada à natureza, de infelicidade e desarmonia.
Não o bastante, ainda marcamos nossas próprias impressões no campo. Esse não retrocede ou se desfaz, continuando ativo como um rio. Graças a isso, “salvamos” a nossa imagem de conflito, frustração e dores nele. Essas impressões continuam a navegar através do tempo, até que influenciem um descendente novamente.
Consequências
Os conflitos expõem a nossa natureza agressiva, combativa e até egoísta. Infelizmente, por meio deles, podemos expor o que guardamos de pior em nosso íntimo, tudo para afetar a outra parte. Assim sendo, é um embate doloroso, pautado em quem será o vitorioso. Dessa forma, acarreta consequências, tais como:
Desgaste emocional
Nos embates, gastamos toda a nossa energia física para debater. Entretanto, é o nosso lado emocional que mais sofre nessas divergências. Assim, somos obrigados a elevar cada gota emotiva, a fim de que o outro retroceda em sua decisão e aceite a nossa. Ao fim, estaremos esgotados por dentro.
Fragilidade
Assim como em uma guerra, conflitar com alguém nos exaure física e emocionalmente. Nos sentimos fragilizados, entorpecidos, quase que drenados. O embate anteriormente protagonizado pelos dois funciona como um parasita que se alimenta de toda a carga mútua liberada. Ainda que escondam, ambos podem acabar lacerados.
Raiva
Um movimento bem comum, ainda que não obrigatório aos dois. Podemos sentir raiva do outro por não ceder aos nossos argumentos ou da situação que nos levou a isso. Assim, a depender da aproximação, pode gerar um sentimento de culpa por ter se deixado ir tão longe. Aos mais fragilizados, são as primeiras pedras para a estrada do rancor.
Desconfiança
Continuando a linha de aproximação, podemos desconfiar de outras pessoas que pouco tiveram a ver com o episódio. Isso porque temos a ideia errônea de que nossa confiança foi quebrada por um ente e que os outros seguirão pelo mesmo caminho. As relações se tornam mais difíceis caso o indivíduo se deixe levar por essa cegueira momentânea.
As crianças
Quando há crianças no meio, a situação se agrava rapidamente. Sensíveis como são, as mesmas absorvem toda a carga do embate. Infelizmente, algumas atribuem a culpa a elas mesmas, ainda que não tenham ligação com o que acontece. Assim, é importante ficar atento a alguns sinais quando há conflitos perto delas. Veja alguns exemplos:
Reclusão
Devido a atitude destrutiva dos adultos, a criança tende a se retrair daquele círculo. Sua mente infantil consegue processar aquela situação como perigosa, mas não possui a complexidade para entender totalmente. Devido ao momento de imprevisibilidade, a reclusão se torna uma forma de se proteger e evitar danos maiores.
Agressividade
Em resposta ao estímulos do mundo, a criança se coloca na energia gerada pelo confronto. Isso faz com que se torne um ente agressivo, repelindo qualquer manifestação contrária à dela. As atitudes podem incluir palavras ou até movimentos depreciativos.
Repetição
Assim como os adultos, a criança vai absorver isso e tomar como uma saída para qualquer problema. Aquilo fica registrado em sua mente e é repassado pelo campo familiar. Assim sendo, ainda na infância, se colocará na mesma posição a qual temia, chegando até a fase adulta do mesmo modo.
Como resolvê-los
Profissionais podem usar a Constelação familiar para intermediar nos conflitos. Graças a ela, todos os envolvidos podem observar o que está fora da ordem naquele círculo. Independente da condição social, todos poderão trabalhar para chegar a um bem-estar comum.
Não o bastante, podem encontrar algumas peças que estavam excluídas daquele seio, como a compreensão e tolerância. Apenas isso de início já bastaria para amortizar o peso dos confrontos. Além desse, encontrariam mais facilmente os pontos de desequilíbrio daquela relação, identificando e assumindo de vez as suas responsabilidades.
Isso resultaria, por exemplo, na desconstrução da imagem do outro para os filhos ou outras pessoas. A Constelação serviria para se livrar dos ressentimentos e mágoas que um ente carrega, o fazendo parar de depreciar o outro. Isso acaba por mudar a sua visão em relação aos embates que já surgiram.
Conflitos são ações desgastantes onde um tenta se impor ao outro, mostrando quem pode fazer mais. Em geral, é uma ação destrutiva, visto que há um desgaste em vários aspectos. Ao fim, ambos se mostram defasados, já que usaram de tudo o que tinham para valer a sua vontade.
Ainda assim, ambos devem se esforçar para encontrar um caminho em comum. Assim sendo, não se deve colocar uma relação em jogo por conta de desejos pessoais. Devemos olhar o lado do outro, entender as suas motivações e só depois fazer uma contestação. Este último deve ser feito de forma civilizada, a fim de manter um grau de neutralidade e compreensão.
Um curso em Constelação Familiar pode ajudar
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