Seja pela ajuda de fatores genéticos ou péssimos hábitos alimentares, a obesidade esconde bem mais do que aparenta. Grande parte de seu combustível se encontra na forma como nos relacionamos e enxergamos o mundo. Assim sendo, descubra mais sobre esse transtorno com a visão aprofundada da Constelação familiar.
As relações
Em nossa família, participamos de um fluxo, uma espécie de rio sentimental. Graças a isso, registramos mentalmente nossos comportamentos, valores e impressões. Independentemente do estado de receptividade à família, continuamos a participar desse círculo. É um direito nosso, irrevogável e intransferível.
Entretanto, esse mesmo círculo nos compele a repetir determinadas ações. Assim, de forma natural, nos empurra para uma posição anteriormente ocupada por um ancestral. Isso acontece porque há uma necessidade de preencher o vazio deixado por este ente, cumprindo o seu papel. Contudo, essa transferência de posição acaba por decliná-lo no quadro familiar.
Em relação à obesidade, há uma espécie de vazio, ainda que pareça contraditório. Alimentar-se com frequência é o resultado de uma busca para preencher algo em sua vida. O sistema o empurra a injeção de alimentos porque é uma saída fácil e prazerosa, ainda que acarrete graves consequências.
Necessidade
A obesidade, em grande parte, nada mais é do que a ação de preencher um vazio emocional e existencial. A necessidade de completar uma lacuna proporcionada por seu ambiente familiar e social. A comida se torna uma fuga e devido a uma certa “lascívia do paladar”. Dessa forma, vicia e nos faz reféns.
Comer em excesso e sem cuidado amortiza qualquer movimento gerado por nosso campo familiar. Mesmo que alguns saibam o quão ruim é isso, o prazer momentâneo alivia as dores causadas pela família.
A ausência familiar é uma das pontes a esse mal. Ainda que inconscientemente não perceba, sua mente capta as impressões dadas pelo fluxo e interpreta a falta em algum nível. Sem ter como reagir no momento, busca se preencher através da comida. Porém, ao mesmo tempo em que sacia, esse tipo de prazer o deixa preso em uma espiral.
O que pode agravar a obesidade?
A obesidade tem um fundo emocional extremamente forte. Como dito linhas acima, a comida sacia os tormentos que um indivíduo sofre, seja do centro familiar e demais. Infelizmente, não possuímos uma capacidade plena de encarar os desvios da vida. Dessa forma, o fluxo familiar nos empurra a uma posição de desgaste físico e emocional.
Naturalmente fragilizados por esse laço invisível, alguns fatores terminam por desencadear ou agravar essa condição da gula. Visto que é importante considerar esses fatores, note alguns exemplos:
Perdas
Todos nós perderemos algo ou alguém durante a vida. É um fato imutável e sem contornos. Ainda assim, quando ocorre, nos sentimos desamparados e sem um alicerce a recorrer, algo que nos acalente de imediato. Nessa hora, a comida se vale de consolo, amenizando temporariamente algumas das dores provocadas pela perda. Trata-se, portanto, de fome emocional.
Note que o prazer que sentimos ao comer é algo passageiro, restrito apenas ao momento. Para amortizar a dor, uma pessoa se alimentará constantemente e isso contribuirá para a obesidade.
Acidentes
Algumas ações captadas durante a vida também mexem de forma profunda conosco. Os acidentes, por exemplo, desestruturam nossa forma psicológica e nos dão a sensação de desproteção. “Desamparados” socialmente, sem a sensação de compreensão, buscamos na gula um invólucro para o trauma.
Eventos angustiantes
Para exemplificar, podemos citar uma demissão do trabalho ou o término abrupto de um relacionamento. A angústia provocada pode desencadear as tendências que possuímos à gula. Assim, sem uma vigilância sadia, a obesidade pode surgir. Não o bastante, ainda pode inibir qualquer chance de sucesso nas áreas citadas acima futuramente.
Consequências
A obesidade, como qualquer outro transtorno, acarreta consequências para quem a porta. Sejam físicas ou emocionais, um indivíduo carregará as marcas ofertadas até que procure por um tratamento. Assim sendo, entenda algumas:
Família
O transtorno alimentar puxa as atenções dos familiares a um só ponto. Todos trabalham de forma a tentar ajudar o obeso em questão, evitando qualquer distração que o tire de uma rotina saudável. Infelizmente, muitas pessoas não se dispõem a prestar essa ajuda e comprometem sua relação com o familiar afetado.
Socialmente
Um obeso é visto com maus olhos pela maioria da população. Assim sendo, muitas pessoas julgam antecipadamente a condição física de alguém, atribuindo seu estado a um descuido. Ainda que isso não seja da alçada delas, não poupam esforços em denegrir a imagem de um obeso.
Profissional
Elevando o alcance do tópico anterior, o mercado também costuma condenar indivíduos obesos. Não é regra. No entanto, infortunadamente membros de algumas instituições condenam a aparência de indivíduos com obesidade. Sejam colegas de trabalho ou superiores, as pessoas com o transtorno não se veem livres de comentários depreciativos.
Como obter a ajuda da Constelação familiar
Antes de tudo, o obeso deve procurar a ajuda de um médico especializado antes de entrar em contato com a Constelação familiar. Isso porque a obesidade atinge vários aspectos fundamentais da saúde humana, se provando até um risco de vida. Assim, após o início do tratamento, a Constelação familiar te dará todo o apoio necessário.
A Constelação ajudará o paciente a se desgarrar desse olhar viciado e autoimposto pelo círculo familiar e pela sociedade. A terapia o ajudará a vê-lo como o ente que ele é de verdade, e não apenas como um rótulo. Se aplicada em grupo, pode alterar a percepção geral do “Emagreça” para um “Eu vou te ajudar”.
Ainda que seja uma grande queda ao indivíduo, a obesidade pode ser uma fase remediada. Mesmo que sua natureza o sufoque, a terapia trabalha para que ele entenda a natureza desse mal-estar. A sua imensa fome por preenchimento será saciada e redirecionada a algo bom e construtivo.
Contudo, não é uma tarefa fácil. Exige muito esforço físico, mental e emocional do paciente. Neste caminho, a presença e ajuda de entes queridos se faz necessária. Dessa forma, o obeso sabe que terá apoio e alguém torcendo por ele durante as sessões.
Caso conheça alguém que esteja nesse momento difícil, talvez você possa ajudá-lo se inscrevendo no nosso curso de Constelação familiar. Eu explico o porquê: graças a ele, é possível encontrar as saídas que o indivíduo necessita no momento. Sua nova visão clínica pode identificar a origem desse mal-estar, proporcionando escolhas saudáveis ao indivíduo naquele momento.
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Com o curso de Constelação, você se torna um agente de mudança a quem precisa. Inclusive para as pessoas sofrendo com a obesidade.
One thought on “Obesidade aos olhos da Constelação Familiar Sistêmica”
Olá!
Gostei muito do artigo!
Quero saber se há indicação de literaturas?
Sou grata.