Você já ouviu falar sobre a geração “nem nem”? Sabe o que configura essas pessoas ou o que elas fazem pra serem chamadas assim? Continue a leitura e descubra tudo!
A “geração nem nem” é um termo criado para definir as pessoas que, comumente, nem trabalham e nem estudam. Isso pode acontecer por motivos diversos, você sabe quais são?
Um contexto histórico
Há não muito tempo atrás, nos anos de 1950, tínhamos uma geração no Brasil de trabalhadores e donas de casa. Com o objetivo de sobreviver e ter uma segurança financeira, essa geração foi dividida entre homens trabalhadores, que sustentavam suas famílias e casas, e de mulheres que cuidavam dos filhos e da manutenção da casa.
Numa média de cinco filhos por casal, sem o anticoncepcional na época, a reprodução era muito maior que hoje em dia, e sem abertura social para mulheres trabalharem fora, a única opção era que elas ficassem em casa enquanto os homens batalhavam por seu sustento.
Saiba mais…
Na geração seguinte, em que o controle da maternidade já era possível, as mulheres ganharam uma liberdade de escolha e, assim, sua emancipação dos homens, saindo de casa para sustentar suas próprias vidas trabalhando.
Nessas duas gerações, o trabalho foi visto como uma forma de sustento, e nada mais que isso. Então, independentemente de suas tarefas, a oportunidade de sustento já era suficiente para uma realização profissional.
O que mudou entre uma geração e outra para ter a geração nem nem?
Nessa nova geração, um novo pensamento e forma de vida se implantou, o da realização pessoal. Trabalhar, hoje em dia, é uma questão de encontrar seu lugar no mundo e fazer o que ama. E, em minha conclusão, é esse o motivo indireto dos jovens da geração Nem Nem.
Assim, os jovens não têm motivação interna para os estudos, por que o método escolar é antigo e ultrapassado. Além disso, essa geração encontra todas as informações que precisa na internet, e consegue aprender os assuntos que realmente interessam em apenas um clicar.
Por isso, a escola de hoje já não tem mais sua função e não prende a atenção dos jovens. A ideia de que todos tem que ser bons em todas as matérias é ultrapassada e, hoje, sabemos que cada um tem suas habilidades.
Assim, se focarmos no que gostamos e nos encaixamos melhor, seremos realmente bons na área que nos cabe melhor. Além de sabermos que um diploma não garante mais o sucesso profissional. Ademais, muitos graduados largaram suas profissões para viver fazendo o que seu coração fala mais alto.
Como vive a geração nem nem
Essa geração está “perdida”, pois não tem o apoio social para essa liberdade e nem a plena consciência de que é possível prosperar fazendo o que gosta. E, assim, podendo ser muito mais produtivo e eficaz.
Alguns jovens já conseguiram sair desse padrão de produção em massa, e encontraram seu verdadeiro propósito de vida. Mas ainda é uma batalha a se ganhar, pois temos muito forte impregnando a ideia de que trabalhar é se esforçar, batalhar e se sacrificar pelo sustento.
A palavra “trabalho” já dá a ideia de sacrifício. Mas estamos cada vez mais livres para gastar o tempo de nossas vidas com muito mais satisfação.
P´róximo passo
O próximo passo da sociedade é valorizar cada ser individualmente, com seus próprios potenciais. Algumas escolas já estão mudando e dando a abertura para os jovens aprenderem o que realmente os interessa. Assim, formando jovens sem traumas ou baixa autoestima por não serem bons o suficiente em algumas matérias.
Sem toda essa competição de quem é o melhor aluno, excluindo os que não se encaixam nesse perfil, e assim, grandes potenciais artísticos, por exemplo, são afetados e desencorajados pelo método antigo escolar.
Geração ‘nem-nem’ no Brasil é o dobro do que em países ricos
A taxa de jovens brasileiros que não estudam nem trabalham, a chamada “geração nem-nem”, é o dobro da de países ricos. Em 2020, 35,9% dos adultos de 18 a 24 anos no Brasil não estavam nem na escola nem empregados, aponta um relatório da Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgado nesta quinta-feira, 16.
O índice de desemprego de adultos entre 25 e 34 anos que não concluíram o ensino médio também cresceu acima da média no Brasil. No relatório, a OCDE destaca que a pandemia tornou as condições econômicas difíceis em muitos países no ano passado – e a situação perdura neste ano.
“Em tempos econômicos difíceis, a transição da escola para o trabalho, que é sempre complicada, torna-se realmente problemática”, aponta o relatório. Na média da OCDE, que inclui os países mais ricos, a taxa de jovens que não estudam nem trabalham é de 15,1%.
Panorama
O índice brasileiro passou o de países como Turquia (32,2%) e Colômbia (34,5%). Assim, o Brasil já alcançava taxas acima da média de jovens “nem-nem” nos anos anteriores, mas o indicador subiu ainda mais na pandemia.
Em 2018, era de 30,6%. Enquanto na média dos países da OCDE, menos da metade dos jovens de 18 a 24 anos não estudam, no Brasil, na Colômbia e em Israel, a porcentagem sobe para 65%.
Saiba mais
De acordo com o relatório:
- só um terço (34%) dos jovens brasileiros de 18 a 24 anos frequentam escolas ou faculdades;
- três em cada dez jovens nessa faixa etária estão empregados, apesar de não frequentarem a escola ou um curso superior, mas 13% não estão nem na escola nem empregados;
- há ainda 23% que não estudam nem procuram emprego (inativos).
Os dados fazem parte do relatório Education at a Glance 2021, que reúne informações sobre escolarização, trabalho e disparidades de gênero.
É um problema ser da geração nem nem? Como melhorar essa sensação?
Com as mudanças da sociedade e do mercado de trabalho, um curso superior ou uma carteira assinada já não são tão necessários. Por vezes, os jovens da geração nem nem procuram trabalhar como autônomos e consomem cursos livres, tanto na internet quanto em espaços culturais da cidade.
Por isso, não fique ansioso ou nervoso por não fazer uma faculdade renomada ou não ter uma carreira pronta aos 21 anos. Importe-se com o seu caminho e o seu percurso, e veja os seus progressos com bons olhos!
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O método de Constelação Familiar ajuda a libertar nossos jovens de antigos paradigmas e padrões estabelecidos pelas últimas gerações. Assim, dando a abertura para fazerem o que realmente nasceram para fazer, produzir o que vem do coração.
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O artigo produzido acima foi desenvolvido pela aluna Marina Piorunneck, exclusivamente para o nosso Blog Constelação Humana.