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Família romana: o que é e qual sua estrutura

família romana

Como diferentes culturas possuem valores distintos, as famílias em diferentes culturas também se organizam de formas variadas. Neste artigo, falamos especificamente sobre a família romana em sua organização principalmente na Roma Antiga e durante a República. Confira!

O que é “família romana”?

A família romana é o modelo de organização familiar em que a população de Roma se organizava. Nesse contexto, falamos principalmente sobre um modelo tradicional, isto é, aquele visto culturalmente como o correto e que era admirado e almejado pelas pessoas.

Falarmos de um modelo tradicional implica em deixar de fora alguns tipos de família, como as dos servos, dos órfãos, das mulheres divorciadas, entre outros. Assim sendo, é importante deixar claro que o modelo familiar em questão é aquele a que, muitas vezes, apenas membros nobres da sociedade tinham.

Detalharemos as características dessa organização familiar mais abaixo, porém já adiantamos que se trata de um modelo patriarcal – isto é, aquele em que um chefe de família do gênero masculino é o responsável pela gestão não só da própria família, como de seus bens, criados e terras.

Qual a estrutura da família romana?

Confira abaixo algumas características fundamentais da organização e funcionamento da família romana!

O poder do patriarca

Ao patriarca da família se dava o título de pater familias. Ele era, indiscutivelmente, o responsável para tomar todas as decisões dentro de uma família, já que na época, toda autoridade era delegada ao homem.

O poder atribuído a ele só terminava quando em caso de morte, mas ele não era atribuído a uma figura feminina. Quando o patriarca de uma família morria, a autoridade familiar era transferida a um herdeiro, também homem.

A mulher na família romana 

Falando agora sobre a mulher romana, sua vida sempre era gerida por uma figura masculina. Primeiro o pai assumia seus deveres legais para com ela e depois o marido.

Era o pai, inclusive, que determinava se a menina seria abrigada na família e se, além disso, receberia uma instrução formal. Recebendo ou não essa educação, inevitavelmente, as garotas eram instruídas nas tarefas do lar, pois precisavam aprender como gerir uma casa depois dos próprios casamentos. 

Matrimônio

As mulheres se casavam muito cedo, muitas delas ainda no final da infância. Elas se tornavam aptas para um noivado aos 7 anos de idade, mas a idade legal para a contração de um matrimônio era aos 12 anos.

Algumas cerimônias de união ressaltavam a questão de que aquele casamento era uma venda da mulher pelo pater familias da primeira família dela ao pater familias da nova família. Logo, casar por amor não era uma questão, pois a união era um negócio.

A mulher casada precisava seguir uma série de regras de boa conduta e estava totalmente sujeita à responsabilidade e boa vontade do esposo.

Embora os divórcios fossem comuns, a mulher valorizada pela sociedade romana era aquela que só havia se casado uma única vez.

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    Modalidades de casamento e divórcio

    Casamento sine manu

    O poder jurídico do marido sobre sua esposa não era uma regra absoluta para todos os casamentos.

    Existia um modelo de família romana em que a mulher se unia ao seu marido sem a necessidade de se subordinar à família do cônjuge. Trata-se do casamento sine manu.

    Além disso, ela poderia usufruir de seus bens sem a intervenção masculina porque seu dote não era transferido para o homem – o que facilitava os divórcios para algumas mulheres da época.

    Casamento usus

    Nesta modalidade de matrimônio, a mulher vive com seu marido há pelo um ano, porém, se não dormir com ele por três noites seguidas, o casamento é dissolvido.

    Naquela época, apesar do prestígio que a instituição do casamento recebia, muitos motivos torpes eram empregados na justificativa para um divórcio.

    Divórcio

    É importante mencionar que o divórcio não conferia à mulher romana o poder de ficar sozinha e criar seus filhos. 

    Ao se divorciar, ela retornava para o domínio de seu pai, enquanto seus filhos eram entregues ao cuidado dos ex-maridos. 

    Logo, nem o casamento nem o divórcio eram sinais de liberdade.

    Filhos

    As chances de que uma criança fosse rejeitada ao nascimento na família romana eram razoáveis. Só faziam parte da família aquelas que eram aceitas pelo pater familias, enquanto as rejeitadas deviam ser abandonadas. 

    De modo geral, a rejeição vinha por alguns motivos comuns:

    • deformidades físicas,
    • a ciência de que aquela criança era fruto de infidelidade,
    • a divisão prévia de bens entre os herdeiros já existentes,
    • a impossibilidade de assumir mais uma criança, no caso das famílias mais humildes.

    Como já dissemos, as mães das crianças não poderiam intervir nessa escolha, já que a decisão de abrigar o recém-nascido era exclusiva do pai de família. As crianças, quando não eram mortas, se tornavam servas, prostitutas ou gladiadoras.

    Educação das crianças

    No que diz respeito à educação, as crianças eram educadas por amas ou escravos durante a infância.

    Contudo, se a família dos meninos tivesse posses, eles poderiam seguir com a educação em um modelo privado até a graduação.

    Como esperado dentro desse contexto, o mesmo não valia para as meninas que, se recebessem algum tipo de instrução, o benefício só era estendido até o momento em que precisavam se preparar para seu casamento.

    Família Romana: Considerações finais

    O que você achou da constituição da família romana? Hoje a cultura romana não funciona mais levando em consideração esses valores. Como dissemos, trata-se de um retrato da sociedade na época da Roma Antiga, estendendo-se, quando muito, para a República.

    Como trabalhamos com a Constelação Familiar, é importante entender o funcionamento de vários tipos de família. Há muitas construções familiares que se organizam como as famílias na Roma Antiga, o que certamente causa alguns problemas dada a convivência de valores retrógrados em uma sociedade moderna.

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