Constelação FamiliarTranstornos e Doenças

Transtornos alimentares: compulsão, bulimia e anorexia

Hoje falaremos sobre um assunto super delicado: transtornos alimentares.  Na realidade, enquanto algumas pessoas conhecem apenas um ou dois transtornos, o quadro de possibilidades é muito amplo. No presente artigo, fazemos um recorte para abordar dois dos mais famosos: bulimia e anorexia. Leia até o final pra entender como se desenvolve um transtorno alimentar e as diferenças entre os problemas que vamos explorar.

O que é um transtorno alimentar?

Em linhas gerais, um transtorno alimentar ocorre quando uma pessoa modifica de forma negativa a relação que ela tem com a comida. Essa é uma definição que abrange praticamente todo tipo de transtorno alimentar.

Contudo, a diferença entre eles está na maneira como a pessoa desenvolve sua relação com a comida. Enquanto algumas contam calorias, outras exageram nos exercícios físicos, não comem por dias, entre muitas outras medidas.

Nesse contexto, vale dizer que nem toda pessoa que tem um transtorno alimentar manifesta um comportamento compulsivo. Assim, há diferença entre compulsão alimentar, bulimia e anorexia. Relembramos: não falaremos do primeiro, apenas dos dois segundos.

Semelhanças entre bulimia e anorexia

Tendo em vista o que já dissemos, a principal semelhança entre bulimia e anorexia é o fato de que ambas são transtornos alimentares. Além disso, é possível detectar as seguintes características comuns, que são também os sintomas que nos ajudam a identificar uma pessoa doente:

  • mudanças de comportamento severas: a pessoa participa de menos refeições com amigos e família,
  • recusas alimentares: o indivíduo doente, quando presente na refeição, como muito pouco ou nada,
  • alterações de humor: a pessoa sente-se cada vez mais triste, raivosa ou inconformada consigo mesma.

Nesse contexto, é comum que pais e avós façam o diagnóstico errado da doença. Embora a queda no peso, juntamente com os fatores acima, seja uma possibilidade de bulimia e anorexia, isso não significa que uma pessoa que perdeu muito peso está doente.

O ideal é observar o indivíduo por algum tempo para ver se a soma de características acima se mantém. Se for o caso, não resolva o problema por conta própria. Procure ajuda profissional!

Distinções entre bulimia e anorexia

As distinções entre bulimia e anorexia são um tanto mais sutis e merecem atenção. Um diagnóstico errado pode ser bastante prejudicial para quem está doente, principalmente se o pai, mãe ou cônjuge se recusa a buscar um tratamento profissional. Quando uma pessoa bulímica é tratada como alguém que come pouco, enche-se as mesas com comida na hora da refeição, mas há um desconhecimento sobre o que vem a acontecer depois.

Assim sendo, primeiro tenha em mente que você, na condição de amigo e familiar, não vai resolver o problema. Mais abaixo falamos sobre os tratamentos recomendados. Contudo, achamos importante falar sobre essa ressalva agora porque saber identificar o transtorno te ajudará a buscar um tratamento mais efetivo. Saber qual doença a pessoa tem não significa que você resolverá o problema sozinho.

Dito isso, confira as principais distinções entre os dois transtornos alimentares!

Comportamento

Na bulimia, a pessoa tem episódios de compulsão alimentar. Portanto, seu comportamento com relação à comida já é inadequado tendo em vista a quantidade que é ingerida. No entanto, além disso, há diversas tentativas posteriores de remediar esse desequilíbrio, também com comportamentos inadequados e que fazem mal para a saúde. Alguns exemplos são:

  • indução ao vômito,

  • uso de laxantes,

  • jejum em demasia.

Por outro lado, quem tem anorexia não chega a passar pelos episódios de compulsão. Há uma distorção na maneira como a pessoa se enxerga. Assim, sempre parece existir a necessidade de emagrecer mais. Para isso, o anoréxico:

  •  faz exercícios em demasia,

  • pula várias ou todas as refeições.

Tratamentos para bulimia e anorexia

Apesar de se tratarem de transtornos alimentares distintos, o tratamento é feito com a mesma tríade de especialistas. Obviamente, o tratamento é diferente tendo em vista as diferenças entre cada doença. Contudo, se você observar que há um problema de transtorno com alguém que você ama, entre em contato com os profissionais que destacamos mais abaixo!

    NÓS RETORNAMOS PARA VOCÊ




    Quero informações para me inscrever na Formação EAD em Constelação.

    Psiquiatria

    Entre psicanalista, psicólogo e psiquiatra, o psiquiatra é o único profissional que de fato é médico. Portanto, trata-se de alguém que realmente pode diagnosticar e medicar uma pessoa que tem um transtorno alimentar. Em seu trabalho, o profissional irá identificar o que leva uma pessoa a desenvolver o transtorno.

    Se for uma questão relacionada à depressão ou ansiedade, ele tem condições de receitar medicações que ajudarão a pessoa doente.

    Nutrição

    No que tange os nutricionistas, são eles os responsáveis por elaborar uma dieta que pessoas com transtornos alimentares podem seguir. Se o profissional se especializou em nutrição comportamental, saberá investigar os problemas que cada paciente tem na hora de se alimentar.

    Um nutricionista sabe que, para um anoréxico, a hora de comer é muito mais complicada do que para um bulímico. Ademais, sabe que o período depois de cada refeição pode ser muio mais crítico para um bulímico do que para um anoréxico. Trata-se de um conhecimento que um pai, cônjuge ou amigo não têm, por mais interessados que sejam. Assim, não dispense o tratamento com um nutricionista.

    Psicoterapia

    Por fim, é indispensável tratar o problema com a psicoterapia. O acompanhamento semanal com um profissional ajuda o paciente a falar sobre como está se sentindo, de modo a identificar:

    • avanços: é possível relatar o que vai bem, o que deixou de se fazer,
    • medos: receios de que o tratamento não vai funcionar, de que a vida será sempre problemática,
    • outras emoções: qualquer coisa que a pessoa esteja sentindo.

    Um psicoterapeuta tem bastante tempo para escutar a pessoa e ajudá-la a encontrar a motivação para desenvolver o transtorno alimentar. Ao identificar a causa, a ideia é que seja mais fácil tratar o problema de modo a cortar o mal pela raiz. O tempo de tratamento varia de pessoa para pessoa mas, em geral, quando a tríade de profissionais é respeitada, tende a funcionar.

    Comentários finais sobre bulimia e anorexia

    Esperamos ter mostrado como são diferentes a bulimia e anorexia, apesar de serem doenças que se encaixam no conjunto dos transtornos alimentares. Por fim, gostaríamos de dizer que a Constelação Familiar pode atuar no terceiro pé da tríade que trata uma pessoa doente. Para saber como, matricule-se em nosso curso 100% online de Constelação Clínica. Ao finalizá-lo, você adquire o certificado de constelador e poderá ajudar muita gente!

    Deixe um comentário

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    dois × quatro =