No Brasil, a mulher ainda é considerada como inferior ao homem, com falta de capacidade para gerir sua própria vida. Assim, a mulher sempre foi vista como sendo dependente e propriedade do pai, do marido ou dos homens de sua família. Isso gerou e gera muitos casos de violência contra a mulher. Mas, como a Constelação pode ajudar nessa problemática? Continue a leitura e descubra!
A violência contra a mulher na sociedade
Renegada de direitos e compreendida como inferior ao homem, socialmente foi sendo criado o entendimento de falta de capacidade feminina e submissão ao “sexo forte”.
Por isso, tal situação permitiu e estimulou tratamentos desrespeitosos e muitas vezes violentos contra a mulher. Por exemplo, que ao desagradar o homem, a mulher estaria sob a pena de pagar com sua integridade ou até com sua vida.
Atualmente, em pleno século XXI, a mulher continua sendo alvo de retaliações, discriminação e violência. Isso, mesmo com todas as conquistas femininas e o desempenho delas em diversos papéis realizados na sociedade, seja no trabalho, na família ou na política.
A história mostra que, apesar dos direitos adquiridos, ainda há uma grande diferença entre o homem e a mulher na sociedade. Principalmente no que se refere a salário, oportunidades, responsabilidade com cuidados com os filhos e a casa. Fora isso, ainda há casos de violência doméstica e sexual, constrangimento ilegal e outros.
Dados estatísticos sobre a violência
Muitas pessoas tentam negar a existência da violência contra a mulher. Porém, os dados são claros sobre a situação do gênero feminino no Brasil. Vejamos:
- 97% das mulheres já foram vítimas de assédio em meios de transporte;
- Mulheres são as principais vítimas de ameaça e constrangimento ilegal. Além disso, o companheiro e ex companheiro são os principais autores;
- Maioria dos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes, do sexo feminino, ocorre em casa. Podemos entender, então, que familiares e amigos próximos são os principais abusadores;
- No Brasil, uma mulher é vítima de estupro a cada 9 minutos;
- Três mulheres são vítimas de feminicídio a cada um dia. O Brasil é o 5º país com maior taxa de assassinatos femininos no mundo;
- Uma mulher registra agressão sob a Lei Maria da Penha a cada 2 minutos.
Por fim, cada dia mais, os meios de comunicação nacional e internacional revelam o crescimento dos mais diversos tipos de violência contra a mulher no ambiente de trabalho, nos relacionamentos íntimos e na sociedade em geral. Ou seja, atos cometidos tanto no âmbito privado como no público. Essa situação é inadmissível e é necessário buscar meios de intervenção para acabar com esse problema.
A Constelação Familiar como mecanismo de proteção à violência contra a mulher
Com base nos ensinamentos de Bert Hellinger, a Constelação Familiar pode ser utilizada como ferramenta de conscientização da mulher e dos homens sobre a questão da crenças do masculino e feminino.
Ou seja, dos legados familiares de relacionamentos entre os diferentes tipos de gênero e, consequentemente, proporcionar a mudança individual e social do direito ao pertencimento, da honra, das consequências das exclusões e dos emaranhados que vivem.
Assim, ao trabalhar com grupos de riscos, como mulheres agredidas, filhos violentados ou negligenciados, homens agressores, bem como com pessoas em geral, a terapia proporciona o autoconhecimento de suas emoções, sua história de vida e de seus antepassados.
Por isso, com certeza trará grandes transformações na sociedade, principalmente sobre o respeito ao gênero, os emaranhados da vida e as consequências em toda a esfera familiar e social.
Conforme já prediz Bert Hellinger, é necessário integrar o que se rejeita. Assim, proporcionando que se acolha a própria sombra. Com isso, o indivíduo perceberá seus medos, suas crenças, valores familiares. E terá consciência da história familiar, das consequências dos excluídos, dos emaranhados vivenciados.
Assim, ele autoriza o reconhecimento do que estava alienado em sua história de vida, de seus antepassados. Permitindo, assim, a ciência dos fatos e o ressignificar de uma nova história e a libertação dos nós e emaranhados dele e de todos os outros.
Conclusão
Por fim, acredito que trabalhar com a Constelação Familiar com mulheres violentadas, homens agressores e filhos agredidos ou negligenciados trará uma consciência mais ampla e poderá elucidar uma vida mais plena e saudável. Assim, diminuindo as taxas da violência contra a mulher e gerando lares mais saudáveis.
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O artigo presente foi escrito por Valquíria Ferreira da Silva, aluna do nosso curso de Constelação Clínica.