O mercado da constelação sistêmica tem aumentado, e com ele a oferta de cursos e especializações no tema. Uma das formas de aprimorar os conhecimentos práticos na área é através da supervisão em constelação.
Em todas as formações acadêmicas, desde psicologia até artes, a experiência prática é necessária para a conclusão do curso. Em odontologia, por exemplo, as faculdades oferecem atendimento de baixo custo para que seus alunos possam praticar, de forma supervisionada, o que aprendem nas disciplinas teóricas.
Claro que a dinâmica de um constelador sistêmico é muito diferente de um consultório de odontologia. No entanto, a necessidade da prática para a formação de um profissional apto e completo é a mesma.
Assim sendo, pensando nas necessidades específicas das áreas terapêuticas é que os grupos de supervisão começaram a surgir.
Nesses grupos, um profissional experiente acompanha e todos compartilham seus casos práticos. Isso para que juntos possam discutir a aplicação prática das ferramentas de terapia.
No artigo de hoje, vamos falar sobre supervisão em constelação e como você pode se tornar um profissional completo na área!
Cursos em constelação
Hoje, é possível tornar-se um constelador através de inúmeros cursos ofertados pela internet. Nesse contexto, muitos deles até podem ser feitos à distância (clique aqui para conferir o nosso!). Assim sendo, existe muita facilidade e muita procura.
No entanto, dada essa oferta, para se destacar no mercado é preciso estudar, praticar e se dedicar.
Existem algumas pós-graduações e especializações que podem ser feitas por pessoas que já possuem um diploma em nível superior. Não importa qual tipo de curso deseje fazer, procure antes depoimentos de ex-alunos para saber a opinião deles. Isso porque não é todo curso que é bom, mesmo os de pós-graduação.
Como escolher um bom curso?
Ao escolher um curso, primeiro busque entender se ele estará de acordo com as suas metas. Muitas pessoas desejam aprender a ferramenta de constelação como forma de autoconhecimento. No entanto, há outras que desejam aplicar os conceitos pessoalmente. Isso seja em sua profissão atual ou para atuar exclusivamente como consteladores.
No primeiro caso, é possível aplicar os conceitos dentro de uma empresa, outras na própria família e por aí vai. Assim sendo, saiba bem quais são às suas metas pessoais e profissionais e se o curso pretendido pode de fato te ajudar a chegar lá.
Procure também cursos que te dão suporte prático, seja através de um estágio ou supervisão. De nada adianta saber a teoria se não souber aplicar na prática! Dessa forma, tenha em mente que serviços mal executados podem lhe render uma fama de impostor ou oportunista. Evite essa reputação e execute sempre o seu melhor serviço.
Lembre-se que por meio da constelação, você terá uma grande responsabilidade em mãos: ajudar pessoas a transformarem as suas vidas. Essa, de fato, não é uma tarefa para amadores.
Assim sendo, caso você não esteja verdadeiramente apto(a) a auxiliar, pode acabar prejudicando e piorando transtornos como depressão e ansiedade. Dessa forma, treinar a aplicação da ferramenta sob supervisão é também uma questão de responsabilidade com seus futuros pacientes.
Supervisão em constelação
Muito importante também para aqueles vão atender pacientes é a supervisão, que é oferecida também por algumas escolas. Um grupo de alunos interessados em praticar se unem, enquanto professores especialistas os acompanham. Isso para garantir que tudo saia de acordo com os objetivos da ferramenta de constelação sistêmica.
A supervisão pode ser feita de variadas formas. É um exemplo a prática em que um grupo se une e leva casos de seus consultórios. Neste momento, todos analisam os casos juntos e são guiados por um especialista na área. No entanto, a supervisão pode ser feita também em clínicas, onde consteladores atendem pacientes de forma supervisionada por um professor.
Benefícios da supervisão em constelação
Alguns dos benefícios que participar de um grupo de supervisão em constelação podem te trazer são:
Desenvolver visão sistêmica
Sabemos que a visão sistêmica é uma das competências mais essenciais para um constelador, por isso, toda oportunidade de desenvolvê-la deve ser bem vinda. Com o tempo, olhar pacientes e casos como um sistema, se tornará natural e cada vez mais preciso.
Aplicação prática da teoria
Em muitas faculdades, seja de direito, medicina e até a própria psicologia, as matérias práticas são requisitos para a conclusão do ensino. Na constelação, apesar de não ser exigido a experiência prática, ela é essencial para que o terapeuta possa de fato ajudar os seus pacientes. Sabendo aplicar as teorias em diversas situações práticas diferentes, o constelador estará preparado para assumir qualquer caso.
Responsabilidade com o cliente
Ao procurar a ajuda de um constelador, muitas pessoas estão passando por momentos sensíveis na sua vida. Pode ser uma perda de alguém amado, separação ou até mesmo depressão. Assim sendo, o profissional precisa entender o contexto do que cada um está passando, ser compreensivo e ter conhecimento para ajudar aquela pessoa.
Nesse contexto, um constelador que não passou por supervisão ou estágio pode acabar prejudicando ainda mais o seu paciente. Ele pode acabar inclusive ativando gatilhos que desencadeiem uma crise de depressão. Muitas vezes, em caso de transtornos, é preciso que seu paciente busque ajuda psiquiátrica. Portanto, é necessário saber identificar esses casos para direcioná-lo ao tratamento adequado.
Conhecer vários casos em grupos de supervisão ampliará o conhecimento do constelador, que estará muito mais preparado para ver o lado de seu cliente.
Ganho de confiança
Dificilmente alguém sairá do curso direto para uma clínica e fazer um bom trabalho. O curso pode ser o melhor do mercado, mas se o constelador não tem confiança de que está no caminho certo por conta de sua falta de experiência, todo o trabalho pode ser comprometido.
Assim, busque experiências práticas e as compartilhe com outros profissionais da área. Traga todo esse aprendizado e confiança para seus clientes.
Somente profissionais de constelação podem fazer supervisão?
O modelo dos grupos de supervisão serve para atender diversos profissionais, como terapeutas, coaches, psiquiatras, sexólogos, professores, advogados, administradores e todos aqueles que se relacionam com ciências humanas e sociais.
Essas áreas de conhecimento não são exatas e exigem uma grande capacidade de interpretação e inteligência emocional dos seus profissionais. Por essa razão, os grupos de supervisão tornam-se um grande catalisador de conhecimento com pessoas compartilhando as suas experiências práticas.
Estágio ou supervisão?
Se você quer levar a constelação como profissão, escolha os dois. O estágio será um grande suporte aos estudos, enquanto estiver fazendo o curso. Ao mesmo tempo em que estará aprendendo, estará também praticando e absorvendo muito melhor os conteúdos passados.
A supervisão pode ser feita em qualquer etapa da sua vida profissional. Pode ser feita por curiosidade, por vontade de entender mais a área ou porque um caso complexo passou em suas mãos e você não está conseguindo desenvolver.
Muitos dos cursos ofertados hoje em dia só oferecem a parte teórica, então cabe ao futuro profissional buscar meios responsáveis de praticar sem prejudicar nenhum de seus pacientes. As melhores e mais seguras ferramentas práticas em constelação sistêmica são o estágio e supervisão.
Um profissional completo na teoria e na prática vai se destacar nesse mercado que está crescendo e formando muitos profissionais sem a competência necessária para fazer atendimento clínico. Não seja um daqueles que não se destaca.
O que importa mesmo é cada profissional entender que o estudo nunca para, que a terapia não é uma ciência exata e que os indivíduos são únicos, assim como seus problemas. Por isso, estudar, compartilhar experiências, fazer cursos de atualização e buscar aprender todos os dias, é uma forma de responsabilidade com seu cliente. Assim sendo, recomendamos fortemente que você se aventure na supervisão em constelação.