Devido aos métodos semelhantes de operação, muitas vezes confundimos o funcionamento de alguns objetos presentes no nosso mundo. Um dos maiores exemplos é a função do psicólogo, psiquiatra e psicanalista. Neste artigo você entenderá quando escolher a Constelação ou Psicodrama e entender o motivo da comparação entre as terapias.
O que é Psicodrama, o que é Constelação Familiar Sistêmica?
Ambas as áreas existem estar presente aqui e agora, isto é, concentração e foco na atividade. Há também uma proporção de espontaneidade e intuição, para que os movimentos fluam de maneira não artificial, em cada situação. também são práticas similares quanto ao caráter de terapia de grupo, que muitas vezes adotam.
Vamos adentrar nas especificidades de cada área, pois se faz necessária a explanação de cada um.
Constelação familiar é uma terapia alternativa que visa o tratamento dos pacientes estudando o seu campo familiar. Segundo Hellinger, o criador, cada pessoa carrega heranças sentimentais e comportamentais de seus ancestrais, reproduzindo-as de forma inconsciente.
Psicodrama é uma psicoterapia onde a sua principal característica é a representação de cunho teatral por parte dos envolvidos. Assim, através de representação dramática (isto é, interpretando papéis ao estilo de um “teatro”), busca-se o melhoramento das relações interpessoais, bem como harmonizar o individual com o coletivo.
No Psicodrama, há a dimensão da teoria dos papeis ou matriz de identidades. Isto é, as pessoas fazem o que fazem muitas vezes “empurradas” pelos papéis que elas ocupam (pai, mãe, irmão mais velho, chefe, professor etc.). Esses papéis, de certa forma, estão presentes também na Constelação Familiar.
Como funcionam?
Antes de recorrer à Constelação ou Psicodrama, você deve entender como ambas funcionam. Com a primeira, o terapeuta se guia através dos sentimentos dos pacientes em relação aos parentes ou aos objetos que representam estes. Deste modo, manifestam-se os traumas escondidos sob aquele seio familiar.
No entanto, o constelador não é um agente interventor da terapia. O papel dele é guiar, mas sem interferir, buscando a cura dos pacientes. Diferente deste, o diretor da Psicodrama interfere de forma ativa. Através de um roteiro, busca-se a representação de pessoas que estão ausentes, mas que são primordiais na estruturação e entendimento do conflito.
Assim, através da encenação, os participantes podem retratar o passado ou os sonhos do futuro. Nesse contexto, todas as situações que causam conflito são estudadas por meio da encenação. Essa ação profunda visa transformar o mundo interno do paciente, produzindo a expressão “cartase emocional”, a libertação do paciente, e outros insights de cognição.
Então Psicodrama e Constelação são a mesma coisa?
É correto afirmar que não, já que na Constelação o papel do terapeuta é secundário. Assim, ele conduz a terapia com base no campo familiar do paciente, usando elementos representativos escolhidos pelo próprio. Todo o processo parte e é centrado nas percepções que o cliente tem da sua família. Dessa forma, trata-se de um processo fenomenológico.
No caso do Psicodrama, toda a terapia parte do diretor de dramatização. Com base em um direcionamento pessoal, ele fornece um script a cada personagem, levando em conta o seu histórico e as dinâmicas mentais envolvidas. Assim sendo, trata-se de um processo mais racional e mentalizado, embora planeje um objetivo semelhante.
Semelhanças entre Psicodrama e Constelação Familiar Sistêmica
A confusão em confundir uma terapia com a outra reside no modo de operação de operação de cada uma. São bastante semelhantes entre si quanto ao modo de trabalho e outros aspectos. Assim sendo, confira em quais pontos as terapias se convergem:
1. Representações
O aspecto mais visível entre elas é a idealização de parentes e do que representam. Cada uma visa figurar o parente ausente do visitante, buscando entender como aquela figura afeta a vida do mesmo. Durante as terapias, é estudado como cada figura influencia no comportamento do cliente. Neste caminho, os terapeutas trabalham de forma parecida.
2. Experiências vivenciadas
As duas buscam que os pacientes entendam as experiências e as lacunas que cada uma possui. Esse histórico familiar do paciente é analisado de acordo com a perspectiva do método. Com a Constelação, ele aceitará e assimilará esses fatos. Com a Psicodrama, ele irá reviver acontecimentos parecidos e aceitar o seu passado e entender o futuro.
3. Busca pela saúde de forma pouco ortodoxa
Qualquer terapia visa o tratamento dos males de seus pacientes. Contudo, a Constelação ou Psicodrama usam meios bastante alternativos para conseguir isto. Por essa razão, mitas pessoas olham com descrença para elas por este motivo. Ainda assim, é inegável os resultados excelentes que obtiveram.
Diferenças
Enfim, vamos descobrir onde as terapias se divergem. Contudo, a depender da perspectiva, as diferenças são sutis, mas cruciais e características de cada movimento. A Constelação ou Psicodrama tem a sua listagem pessoal e vamos conferi-las agora:
1. Essência
A Constelação familiar tem uma diretriz de trabalho mais formal, por assim dizer. Ainda que a busca pelos traumas cause comoção em seus pacientes, a ludicidade não é uma sensação comum a ser observada. Com crianças, talvez, mas apenas quando necessário, não sendo algo comum.
Já o Psicodrama induz facilmente seus pacientes a um ambiente mais descontraído. A encenação visa o tratamento de seus conflitos internos que afetam o exterior, mas ao encarnar um personagem, ele tem a chance de se despir de si. A sensação de liberdade e o passe livre para ser quem quiser o induz a um ambiente mais lúdico.
2. O terapeuta
Na Constelação familiar o terapeuta tem um papel subjetivo. Ele não interfere diretamente na terapia, dizendo o que o paciente deve fazer ou sentir. Assim, ele apenas conduz a sessão de acordo com que os pacientes estão sentindo. É uma terapia pouco racional, focada mais no lado emocional espontâneo e no ambiente fenomenológico.
O Psicodrama , por outro lado, tem um cronograma trabalhado. Os envolvidos encarnam personagens escritos com base em sua vivência e experiência de vida. O terapeuta assume aqui a função de diretor, conduzindo todo o trabalho individual ou em grupo em cima de um palco da ação dramática.
3. Berço
A Constelação surgiu das pesquisas de Bert Hellinger originadas de uma tribo Zulu na África. Quando um único membro tinha problema, toda a comunidade se engajava para resolvê-lo. Esse foi um dos primeiros indícios da existência de círculos familiares.
A Psicodrama nasceu no teatro de improviso pelas mãos do psiquiatra Jacob Levy Moreno. Através do teatro da espontaneidade, ele induzia o público a viver a sua própria história de maneira espontânea, revendo seus conceitos e experiências.
Constelação ou Psicodrama: onde aplicar?
Caso precise da Constelação ou Psicodrama, mas não tem certeza da aplicação deles, não se preocupe. As terapias são bem flexíveis no modo de atender seus pacientes. Você pode recorrer a elas facilmente no âmbito familiar, envolvendo toda a sessão da família que precise de auxílio.
Não o bastante, elas também podem ser conduzidas em escolas ou empresas. Isso porque eles também refletem os problemas familiares nessas organizações, comprometendo o sistema de cada uma delas.
A Constelação ou Psicodrama tratam dos problemas de seus pacientes de forma bastante parecida. Fugindo da organização tradicional de outros meios, elas induzem o paciente às vivências pessoais e a trazer os sentimentos empíricos a elas no ambiente externo. De um modo ou de outro, cada elemento é representado por um ente conhecido ou não.
Ainda assim, o objetivo é o mesmo. Fazer com que o paciente enxergue as barreiras pessoais que impedem o seu crescimento. Ambas as terapias são libertadoras a seu modo, rompendo a casca que o paciente cria quanto ao mundo externo. Uma vez constelado ou trabalhado no psicodrama, o visitante nunca será o mesmo, felizmente.
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