Muitas pessoas associam o problema a oscilações no humor, que mudam uma pessoa do estado depressivo para o eufórico. No entanto, nem todos tratam isso como uma doença. Nesse contexto, temos um problema, já que nosso humor rege muitas das nossas ações no mundo externo, afetando nossas relações e o próprio corpo. Assim, entenda mais sobre transtorno bipolar e como a Constelação familiar pode ajudar a amenizá-lo.
De fato, o que é transtorno bipolar?
Transtorno bipolar é uma oscilação mental caracterizada por alternâncias entre estados de ânimo intenso e depressão profunda. O ânimo intenso induz o paciente a um comportamento anormal onde se mostra bastante enérgico, bastante contente ou profundamente irritado. Nesta fase, é muito comum a tomada de decisões de forma impulsiva e inconsequente.
Já durante a fase depressiva, a pessoa me mostra bastante chorosa e pessimista quanto à vida. Essa fase é a responsável por levantar a barreira ele ela e os demais, já que o indivíduo se isola. Infelizmente, o risco de suicídio é bastante alto, variando entre 5% e 7%. Não o bastante, um terço das pessoas diagnosticadas praticam a automutilação.
Toda oscilação de humor se encaixa nisso?
A resposta é não. Embora outras doenças se encaixem em alguns aspectos semelhantes ao transtorno, cada uma tem características distintas dele. Por conta disso, é bastante comum que pacientes e médicos confundam uma com a outra. Alguns exemplos são:
Disforia
Nesse quadro, um paciente apresenta muita ansiedade, irritabilidade, aceleração de pensamento e intolerância. Ainda assim, consegue realizar as suas atividades mesmo com uma má qualidade de vida. Ou seja, o paciente tem o transtorno, mas não cria bloqueios que o impeçam de viver com normalidade até certo ponto.
Distimia
Neste caso, a pessoa muda o seu humor, mantendo os aspectos da doença na linha depressiva. Atitudes pessimistas, tende a reclama do que pode, é mau humorada… Assim como a disforia, isso não vai impedir que ele cumpra as suas tarefas, embora se queixe do esforço em fazê-las.
O que induz alguém à bipolaridade?
Segundo a Constelação familiar, o transtorno é parte inerente do campo familiar de alguém. Isso porque o paciente se identifica com casos muitos graves de tragédias em sua vida de maneira biforme. O lado “agressor” seria responsável pela sua atitude mais impulsiva e impensada, ignorando o peso e consequências de suas atitudes.
Já o lado da vítima a induziria a um estado mais depressivo e culposo. Por conta desse lado, o indivíduo se mostra mais receoso e desmotivado com a vida, aceitando tudo de forma pacífica, ainda que dolorosa. A identificação com a vítima daquele círculo a empurraria para uma visão bastante pessimista sobre si mesmo e sobre viver.
É importante salientar que não ocorre a integração desses estados opostos. A vibração das duas consciências em seu campo cognitivo é o catalisador de seus conflitos. Para um bipolar é bastante difícil suportar a carga desse legado familiar. Em casos mais extremos, sem o devido acompanhamento, ele recorre à automutilação e até ao suicídio.
Como ajudar
A Constelação familiar é um excelente aliado para ajudar o paciente nesse transtorno. As sessões podem ajudar o paciente a manter um nível de estabilidade considerado bom o suficiente para que o problema não o afete de maneira cavalar. Além disso, recomenda-se a complementação de um psiquiatra, já que a este profissional é permitido receitar remédios.
Ademais, confira alguns caminhos que podem ajudar os pacientes:
Psicoterapia
Ao iniciar a terapia, o constelador pedirá que o paciente represente cada sentimento nocivo que carrega em forma de objetos, por exemplo. A ideia é que ele mesmo identifique os sentimentos que causam mal, descobrindo quando se alteram e elevam. Ele deve se esforçar para substituir essas cargas por atitudes mais saudáveis e trabalhar para que se tornem uma constante em sua rotina.
A terapia pode ir além, mostrando que ele deve cumprir uma rotina de horários em casa. Desse modo, sempre terá hora certa para fazer exercícios, comer e dormir, de modo que isso diminua as oscilações de seu humor. Desse modo, fica mais fácil de entender como essas alterações se manifestam e quais os comportamentos característicos que a acompanham.
Medicamentos
É inegável a necessidade do uso de remédios para o tratamento do transtorno bipolar. Neste caso, essa é a deixa para a atuação do psiquiatra. Ele é o responsável por indicar antidepressivos, ansiolíticos, antipsicóticos e estabilizadores de humor. Essa combinação previamente estudada e pensada ajuda diretamente a inibir os sintomas psíquicos da doença.
Quando se une os medicamentos e terapia, o tratamento tende a ser mais eficaz. Isso porque enquanto um trata da mente e consequentemente do corpo, o outro trabalha no comportamento.
Fototerapia
Especialistas comprovaram que alguns espectros de cor influenciam diretamente no nosso modo de comportamento e enxergar a vida. A fototerapia expõe os pacientes diante de algumas luzes coloridas com o intuito de alterar o seu humor no caminho contrário foçado pela doença. A eficácia é bem maior em casos de depressão mais leve.
Na ficção
A doença também é trabalho de estudo em filmes e séries. Em uma série de ficção e ação norte americana, The Gifted, temos a personagem chamada Lorna. Lorna é uma jovem mutante com a habilidade de manipular objetos metálicos e campos magnéticos. Servindo como uma metáfora ao preconceito, a série mostra que a jovem e outras pessoas lutam pelos direitos de seus semelhantes.
Entretanto, Lorna sofre de transtorno bipolar. Ela se mostra uma pessoa impulsiva e muito hiperativa, tomando à gente de algumas situações de forma impensada. Seu comportamento chega a ser obsessivo na maioria das vezes. Além disso, também é mostrado que a jovem declina para momentos de extrema depressão, onde se afasta daqueles que querem ajudá-la.
Aqui é importante lembrar que essa condição física dos seus poderes, e mental, dos seus problemas, se originaram do seu pai biológico. O mesmo apresenta as mesmas habilidades e um comportamento bastante destrutivo, chegando a matar pessoas para defender outros mutantes. Assim, embora Lorna tenha sido adotada por outra família, as atitudes do pai reverberam até hoje em sua vida.
O transtorno bipolar funciona como um estilingue em nossas vidas. Ele nos leva de um extremo ao outro de forma súbita e bastante desagradável. O processo costuma ser desgastante, visto que dificilmente lidamos bem com os extremos de uma psique alquebrada. Esses excessos contínuos podem apagar completamente a chance de manter a vida mais saudável.
Contudo, conhecendo bem o nosso sistema familiar, podemos conhecer melhor a nós mesmos. Embora sejam consideradas heranças intransferíveis, não somos obrigados a levantar as cargas deixadas por nossos ancestrais. Assim sendo, a culpa pelo movimento trágico que ocorreu há gerações não é nossa culpa e, portanto, não nos diz respeito.
Para aprender mais…
Se a bipolaridade faz parte de um ciclo próximo a você e quer ajudá-la a diminuir, veio ao lugar certo. O nosso curso de Constelação familiar é bastante conciso com questões familiares. O método de investigação passado por nossas aulas são capazes de desenrolar o emaranhado de sentimentos e informações que não estão presentes a olho nu.
As aulas à distância te oferecem as ferramentas necessárias para que você entenda exatamente o que causa mal-estar em um ente querido. É um caminho à descoberta seguro e confiável, com resultados garantidos e duradouros. Seja o agente da mudança de alguém. Você pode ser a pessoa que vai mudar a vida de uma pessoa com transtorno bipolar, esteja ela em seu âmbito familiar ou não.