A desigualdade social é uma realidade no mundo atual. É por meio dela que conseguimos visualizar os grandes desequilíbrios que existem nas ordens do amor.
Motivos para existir a desigualdade social
Um dos principais motivos para vivenciarmos essa desigualdade social é o fato da sociedade ter se tornado cada vez mais capitalista.
É muito comum vermos empresas pagando um baixíssimo salário aos seus trabalhadores e desvalorizar a sua produção.
Pagar pouco a quem trabalha muito apenas com o objetivo de maximizar o seu lucro, gera um grande desequilíbrio no ato de dar e receber. Isso ocorre porque as mãos que realizam o trabalho não são devidamente recompensadas.
A desigualdade social atrapalha as relações humanas
Desse modo, passa a existir um emaranhamento nas relações. Veja: as mãos que plantam, muitas vezes não têm alimentos em suas mesas. Além disso, as mãos que constroem casas são as mesmas que vivem em barracos invadidos ou alugados.
Ora, em muitas indústrias, o trabalho realizado pelos funcionários é cruel e a produção só é gerada por meio da imposição de metas altíssimas. Quando essas metas não são alcançadas, os empregados acabam ficando sem o seu emprego.
De outro lado, quando essas mesmas metas são alcançadas, o lucro gerado pelo trabalho acaba sendo dividido de forma injusta. Dessa maneira, a empresa fica com o dinheiro gerado e os funcionários apenas recebem o lançamento de novas metas.
A sonegação de impostos e a má utilização dos recursos públicos ampliam a desigualdade social
Além disso, os grandes proprietários de empresas, muitas vezes, sonegam impostos ao governo. Ainda assim, mesmo quando pagam os seus impostos, estes não são empregados em benefício desses trabalhadores, que são os grandes responsáveis por construírem a nação.
Por meio dessa relação totalmente desequilibrada, acaba surgindo uma grande dívida que distancia as classes e toda a sociedade sofre com essa situação.
A exclusão de classes e de países miseráveis geram um desequilíbrio da ordem do pertencimento
Pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza são excluídas de seus próprios direitos básicos. Esses direitos são saúde, educação, alimentação, saneamento básico e segurança. Essas pessoas são lançadas às margens da sociedade, sem pertencerem a nenhum dos grupos sócias existentes na comunidade.
Essa situação gera grande violência, miséria e indignação de um povo e essas mesmas pessoas acabam se rebelando contra a sociedade capitalista.
Muitos desses grupos buscam esse pertencimento por meio da formação de milícias e facções. Esses grupos controlam as comunidades e as periferias. Esses grupos acabaram empurrados para as margens da cidade e deixadas sem condições dignas de vida.
Eles também se rebelaram contra o poder e contra a sociedade que os excluiu e criaram organizações fortes com a finalidade de serem reconhecidos onde falta poder do governo.
O papel da Constelação Familiar no equilíbrio das desigualdades sociais
A Constelação Familiar nos mostra que quando existe um membro que não foi reconhecido, existirá algum outro membro para buscar esse reconhecimento por meio da força do amor.
Os índios e negros são exemplos de pessoas que precisam ser reconhecidos em nossa sociedade. Foi deles que herdamos a força para realizar o nosso trabalho, a alegria e a cultura vinda de suas músicas e danças.
Além disso herdamos o conhecimento da medicina natural, que ajuda a resolver diversos problemas físicos e mentais. Esses grupos de pessoas fizeram a diferença em nossa sociedade. Eles chegaram primeiro do que nós e abriram caminhos para que a nossa caminhada fosse mais leve.
O ciclo da desigualdade
No entanto, hoje em dia, esses grupos não são reconhecidos e vivem uma grande desigualdade social. São privados de oportunidades e de direitos. Além do mais, muitas vezes eles não são honrados por nós, que somos seus descendentes.
Tudo isso se transforma em um ciclo que gera um desequilíbrio na hierarquia e ainda mais desigualdade social.
Portanto, é importante recebe-los no coração e reconhecer a força que há nessas raças. Também podemos aprender a caminhar com a sua força, a qual ajudará a sociedade a se organizar melhor.
Porém, para que isso aconteça, é necessário dar uma volta às nossas origens e lembrar de algumas coisas, tais como:
- utilizar os recursos de nosso planeta de forma justa e igualitária – não fazendo nenhum tipo de reservas para beneficiar grupos pequenos;
- utilizar todos os recursos que necessitamos sem que haja desperdício, para que todos possam usufruir igualmente;
- aprender a viver como eles, em grupos sociais que se fortalecem com os laços de amor e de solidariedade.
O não reconhecimento dos antepassados e o desequilíbrio da sociedade atual
A desordem que existe nas sociedades provém exatamente do desequilíbrio, uma vez que os nossos antecedentes não são valorizados pela sua sabedoria e pelo seu conhecimento.
Podemos olhar para os nossos governantes e vê-los perdidos pois não valorizam nem honram os feitos e a experiência daqueles que vieram primeiro. Desse modo, acabam por repetir os mesmos erros que desequilibraram o sistema anterior.
Olhar para os negros, por exemplo, e não valorizar sua posição social, econômica e cultural faz a gente repetir a história terrível da escravidão. Naquele tempo, esses seres humanos eram vistos somente como força de trabalho utilizada para gerar lucros, sem nenhuma contrapartida.
Da mesma maneira, olhar para os índios e não toma-los em nosso coração, nos faz desorganizar nossa história e, mais uma vez, repetir os erros dos portugueses. Como sabemos, eles anularam os conhecimentos dos indígenas e os obrigaram a mudar a sua língua, a sua cultura e a sua religião e credo.
Esquecer da história desses povos nos anula como povo e nos distancia de nossa essência.
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Artigo escrito pela aluna Damares Maria Couto Sá, exclusivamente para o blog Constelação Clínica.