Antes de saber de onde vem a depressão, é importante considerar que a depressão se enquadra na categoria mais ampla de transtornos do humor. Ou seja, essa doença faz parte das patologias psiquiátricas que envolvem alterações psicológicas, caracterizadas por períodos prolongados de tristeza excessiva.
Por outro lado, vale lembrar que o aparecimento da doença resulta de uma complexa interação de fatores sociais, psicológicos e biológicos. Dessa forma, não é fácil identificar uma causa para o seu aparecimento. Para saber mais a respeito da depressão, continue a leitura e entenda suas origens e causas.
Origem da depressão
A depressão, é uma palavra de origem latina que expressa o sentimento de opressão, esmagamento, abatimento e afundamento. Esse distúrbio é uma condição psiquiátrica marcada por um declínio do humor, desde sentimento e esgotamento físico e mental.
Além disso, a depressão pode afetar tanto adultos quanto jovens e idosos. No entanto, várias estimativas sugerem que ela é mais comum na população feminina. Existem diferentes formas de depressão, que podem ser diferenciadas de acordo com as causas, isto é, as características sintomatológicas.
Dessa forma, ao contrário do que se possa pensar, a doença não afeta apenas a esfera emocional e o humor do paciente. Ela afeta também o corpo, influenciando o comportamento e se manifestando com sintomas físicos.
De onde vem a depressão? A doença na história
Ao longo da história, a depressão foi descrita como “melancolia” , palavra introduzida por Hipócrates no tratado “Sobre a natureza do homem”. Na verdade, Hipócrates descreveu assim uma condição associada a sintomas como recusa de comida, desconforto, insônia e inquietação.
Então, ele acreditava que a melancolia era uma manifestação psicológica de um distúrbio orgânico. Isto é, que ela tinha a ver com a presença de bile negra e muco no cérebro. Ainda na idade Média, a causa dos estados depressivos era atribuída ao diabo, às forças mágicas ocultas ou ao pecado.
Foi apenas no final do século 19 que o psiquiatra alemão Emil Kraepelin descreveu a doença, com base em observações e descrições precisas. Além de distinguir a doença psicótica de outras formas de doença mental.
Dessa forma, ele descreveu a loucura maníaco-depressiva caracterizada por ” loucuras circulares periódicas”, “mania” e “melancolia”. Assim, definindo com este termo uma diminuição do humor e uma desaceleração dos processos físicos e mentais.
Fatores genéticos podem justificar de onde vem a depressão?
Não podemos deixar de falar dos fatores genéticos que contribuem para o desenvolvimento de transtornos depressivos em cerca de metade das pessoas afetadas. Por exemplo, eles são mais encontrados entre parentes de primeiro grau de pessoas com depressão.
Todavia, fatores genéticos são capazes de afetar o funcionamento dos neurotransmissores que são substâncias que permitem a comunicação entre as células nervosas. Desse modo, estes mesmos incluem serotonina, dopamina e norepinefrina.
Por isso, a maior parte da comunicação entre as células do sistema nervoso ocorre graças aos neurotransmissores. Uma atividade alterada dessas substâncias pode levar a uma funcionalidade diferente de áreas específicas do cérebro que regulam o sono, apetite e humor.
De onde vem a depressão: diagnóstico
O diagnóstico de depressão é baseado principalmente na avaliação clínica. Além disso, exames de sangue também podem ser úteis para descartar doenças físicas que podem causar depressão.
Vale lembrar que a identificação dos sintomas da depressão é essencial. Porém, a diferença entre transtornos depressivos e oscilações de humor é dada por sofrimento ou prejuízo do funcionamento social e profissional.
Além disso, existem vários questionários padronizados para identificar alguns sintomas depressivos. O mais comum é a Escala de Avaliação de Depressão de Hamilton. É uma ferramenta adequada para avaliar a gravidade dos sintomas depressivos e para documentar alterações, inclusive com base em tratamentos.
De onde vem a depressão e diferentes psicoterapias para tratá-la
Em casos de depressão leve, a psicoterapia pode ser tão eficaz quanto a terapia medicamentosa. Em contraste, tanto as drogas quanto a psicoterapia são necessárias nos transtornos depressivos mais graves.
Portanto, os elementos que podem orientar o médico na escolha do tratamento psicoterápico, estressores psicossociais. Além disso, a escolha do tipo de psicoterapia a realizar depende de vários fatores.
No caso da psicoterapia , o tratamento deve ser a primeira escolha se a depressão ocorrer durante a gravidez e durante a amamentação.
Terapia cognitiva comportamental
A terapia cognitivo-comportamental é composta por um conjunto de intervenções baseadas em uma premissa específica. Dessa forma, sujeitos que sofrem de depressão maior apresentam distorções cognitivas e padrões de comportamento desadaptativos que contribuem para o aparecimento e manutenção dos sintomas depressivos.
Desenvolvida por Aaron Beck na década de 1960, a abordagem em questão passou por vários estudos de eficácia. De acordo com o modelo cognitivo de Beck, a depressão é causada pela maneira como as pessoas interpretam e internalizam experiências adversas de vida.
Por essa razão, a terapia cognitiva visa modificar os pensamentos negativos do sujeito para melhorar a capacidade de gerenciar o estresse.
Psicoterapia interpessoal
Psicoterapia interpessoal é uma abordagem bastante curta e particularmente adequada no tratamento do transtorno depressivo maior em casos de depressão pós-parto, em adolescentes e idosos.
Essa psicoterapia deriva das teorias de Harry Stack Sullivan e Frieda Fromm-Reichmann. Todavia, essa modalidade visa focalizar a atenção nos fatores familiares e ambientais no desenvolvimento da psicopatologia.
Portanto, os objetivos da psicoterapia interpessoal consistem na melhoria das relações interpessoais e na redução dos sintomas depressivos.
Terapias de grupo
Recentemente, vários estudos destacaram a validade das terapias de grupo para melhorar os sintomas depressivos. É uma abordagem que se mostrou muito eficaz em pessoas com depressão maior. Em especial, se destaca o tratamento do luto significativo ou das comorbidades com patologias físicas.
Cerca de 60% das pessoas com depressão maior vivem com seus familiares, que muitas vezes vivenciam com grande dificuldade o manejo diário, prático e psicológico da doença. Portanto, algumas abordagens psicoterapêuticas têm sido desenvolvidas para melhorar o clima familiar.
Como exemplos temos a terapia familiar sistêmica, aconselhamento familiar e intervenções psicoeducacionais que ajudam a tratar o transtorno. Em particular, a intervenção psicoeducacional familiar visa fornecer informações aos indivíduos e seus familiares sobre a doença.
Além disso, alguns estudos têm demonstrado que a abordagem familiar melhora o efeito dos tratamentos farmacológicos. Por outro lado, auxilia o funcionamento social do sujeito, levando a uma redução significativa das recaídas.
Considerações finais
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