Muitas obras se tornam uma leitura revitalizadora por conta do seu conteúdo revolucionário e direto em nossas reflexões e necessidades. Esse é o caso de Mulheres que correm com os lobos, obra dedicada ao crescimento interno do público feminino. Confira um resumo da obra e algumas de suas frases mais famosas.
Resumo
Clarissa Pinkola Estés presenteou o mundo literário com uma obra que repavimentou a visão a respeito do feminino. Mulheres que correm com os lobos lida diretamente com a visão trabalhada em cima do público feminino. Os problemas sociais envolvendo as mulheres e a perspectiva sobre ajudaram na construção desse material.
Ainda que o movimento feminista continue a buscar direitos iguais, Estés não se contentou com a postura que tinha. Nisso, o trabalho resgata o arquétipo da mulher e o seu lado selvagem em todos os tipos. E em como isso tem sido reprimido ao longo da história e inibido elas de terem maior liberdade como merecem exercer.
Ao contrário do que alguns pensam, o selvagem aqui não se trata da violência ou opressão. Trabalha uma parte inerente de sua natureza interna que não pode ser apagada, o seu lado primitivo. Nisso, a mulher abraça a sua parte primitiva para encontrar harmonia e tocar as raízes evolutivas do seu ser.
Frases
As frases de Mulheres que correm com os lobos são pequenos ensinamentos que o público feminino pode ter de si. Os homens podem apreciar a obra para que expandam seus horizontes e compreender o real lugar de empoderamento feminino. Em relação às frases, trazemos:
“Sermos nós mesmos faz com que acabemos excluídos pelos outros. No entanto, fazer o que os outros querem nos exila de nós mesmos”
É preciso ter em mente a preservação da própria vontade como forma de ter identidade e liberdade de viver. Infelizmente, muitas abrem mão da própria essência para que possam se encaixar ou deixam que tomem conta de suas escolhas. Aqui, o livro defende o retorno e proteção da essência para que não se prenda a algo que bloqueie sua liberdade.
“A melhor terra para semear e fazer crescer algo novo outra vez está no fundo. Nesse sentido, chegar ao fundo do poço, apesar de extremamente doloroso, também é um terreno para semear”
Muitas pessoas carregam um receio de fracassarem absolutamente e chegarem ao seu limite. O fundo do poço aqui designa um limite imaginário onde qualquer coisa pode acontecer, inclusive boa. Assim, quando nos livramos de nossos pesos, acabamos mais dispostos a subir com força e reencontrar a luz.
“Nosso apetite secreto por sermos amados não é bonito. Nosso desuso e mau uso do amor não é bonito. Nossa falta de lealdade e devoção é pouco amorosa, nosso estado de separação da alma é feio, são verrugas psicológicas, insuficiências e fantasias infantis”
Em suma, esse trecho resgata a força que uma mulher tem quando ama e reconhece a si mesma em sua totalidade. Nota-se que atualmente muitas se separaram da forma instintiva que sabe da sua liberdade. Com isso, redescobrir o próprio valor e energia acaba aumentando a sua força interna e importância.
“O amor na sua forma mais plena é uma série de mortes e renascimentos. Deixamos ir uma fase, um aspecto do amor, e entramos em outra. A paixão morre e é trazida de volta”
Através do amor verdadeiro conseguimos alcançar a nossa melhor forma, nos transformando em algo que renasce para o melhor sempre. Isso é parte do processo do amadurecimento em que morremos em algo para renascer em outro. É preciso enxergar os términos como uma passagem para que coisas verdadeiras e renovadas possam surgir à frente.
“Embora o exílio não seja algo que se deseje por diversão, há um ganho inesperado nele: são muitos os presentes do exílio. Tira a fraqueza a tapas, faz desaparecer as lamúrias, habilita a percepção interna aguda, aumenta a intuição, confere o poder da observação penetrante…”
Por vezes é necessário abandonar aquilo que conhecemos para que possamos lidar com a nossa solidão. Ainda que o diferente e a incerteza sejam incômodos, nos condiciona a encontrar capacidades inovadoras. Nisso, acabamos sendo presenteados com:
- segurança;
- introspecção;
- recepção;
- atenção.
“Se vivemos como respiramos, prendendo e soltando, não poderemos errar”
Essa frase aponta um caminho simples a ser vivido para que possamos avançar de maneira fluida. O conhecimento verdadeiro chega quando praticamos ações tão familiares, mas tão fundamentais que crescemos continuamente.
“Ser forte não significa exercitar os músculos. Significa encontrar seu próprio brilho sem fugir, vivendo ativamente com a natureza selvagem de uma maneira própria. […] ser capaz de aprender, ser capaz de defender o que sabemos. Significa se manter e viver”.
A força aqui significa encarar os desafios propostos pela vida sem recuar diante deles. É ter a coragem de mostrar sua identidade à medida em que trabalha o seu medo com resiliência. Em comparação com a força bruta, esse tipo de força atinge uma escala que coloca as mulheres no seu ápice existencial.
A mitologia e abraço ao instinto
O livro Mulheres que correm com os lobos mostra peças escondidas a respeito do instinto feminino que muitas temiam esquecer. Por meio desse ensaio as leitoras podem reinterpretar sua experiência como mulheres se valendo de contos artísticos e populares. Com isso, contatam a sua loba transformadora que ajuda em seu amadurecimento liberto.
A escritora Clarissa Pinkola Estés é psicanalista junguiana e doutora em Psicologia. Ela revisitou a sua própria história e da humanidade durante 20 anos para conceber essa obra intocável. Assim, fomos presenteados com um ensaio vasto, denso e com saberes variados misturando tradição oral e psicologia de crescimento pessoal.
A bíblia do autoconhecimento
Mesmo parecendo exagerado, o título de bíblia do autoconhecimento ou bíblia do sagrado feminino foi dado a Mulheres que correm com os lobos pelos próprios leitores. É comum a busca por se conhecer e quando uma obra trabalha muito bem essa demanda é logo abraçada pelo público. Por meio dela se pode trabalhar valores, identidade, conhecimento, emoções e quebra de padrões limitantes.
Ademais, o livro ajuda a clarear onde estão as armadilhas que ajudaram em falhas grandiosas em nossa constituição. Entenda que graças a elas nos afastamos de nossa essência e do instinto de poder à evolução. Não deixe que a mulher selvagem ligada à percepção, afeto e espírito lúdico se perca no meio da selva de repressões.
A natureza não se mata
Algo mostrado em Mulheres que correm com os lobos é que, mesmo com a sofisticação, elas não perdem sua natureza. São criaturas selvagens que se mantêm na busca por encontrar sua liberdade ancestral. Isso porque não negam a si mesmas o desejo pela vida e a sua verdadeira posição na existência.
Em suma, temos uma visão sobre a real essência da alma da mulher entre as páginas. A psique profunda, o seu arquétipo selvagem, acaba por resgatar a sua origem distante. Por meio desse retorno às raízes que as amarras que carregam vão sendo desfeitas e sua verdadeira face mostrada.
Ademais, a obra exibe contos que ajudam a refletir sobre a pose da mulher dentro do feminismo. Sem contar em como a sua vida particular é desenvolvida e sentida por ela. Certamente é uma das leituras mais interessantes a se fazer graças ao seu caráter produtivo e de autoconhecimento sobre história.
Mulher, não deixe que contenham você!
Clarissa Pinkola Estés deixa bem clara a sua mensagem de empoderamento ao leitor para que ele não esqueça. De forma incontestável, não dá para negar a existência de um poder grandioso em todas as mulheres. Cada uma delas é como um pequeno sol, explodindo, irradiando energia para a vida e fazendo acontecer.
Tudo acontece graças aos bons instintos envolvendo a paixão, criatividade e conhecimentos que atravessam gerações. Contudo, os maiores bloqueios surgem dentro da própria sociedade, já que ela faz as mulheres se esquecerem de si mesmas. Domar, para que assim se desenvolvam e se comportem como o desejado.
É preciso considerar a perspectiva apresentada aqui para que se repense e atinja uma reflexão madura sobre. Você, mulher, que está lendo isso não se limite pela imposição de qualquer pessoa que seja. Essa é, sem dúvidas, uma profunda reflexão a se considerar e que, ao mesmo tempo, está contida em muitas das frases do livro Mulheres que correm com os lobos
Lições
A leitura das frases de Mulheres que correm com os lobos acaba deixando lições valiosas sobre a imagem feminina. Mesmo com a sofisticação e modernidade que as condiciona a um estilo de vida, as mesmas possuem um lado selvagem ao seu desenvolvimento. Por meio dele conseguem trabalhar:
- liberdade;
- força;
- criatividade.
Liberdade
Algo trabalhado constantemente ao longo do texto é o desprendimento, a liberdade existencial que a mulher tem de exercer. Nisso, o livro ensina a não abrir mão disso e viver condicionalmente em contato com a própria vontade. Esse tem de estar entre seus maiores tesouros, pois a liberdade não pode ser trocada por qualquer coisa que seja.
Força
Embora pareça simplório, é preciso tocar nesse ponto graças à cultura machista que elas convivem até hoje. Mesmo que o movimento feminista altere isso gradativamente, ainda existe a ideia do sexo frágil. Confie na sua força interna e jamais permita que alguém diga que não é capaz porque pode fazer o que desejar.
Criatividade
Não se pode apagar a opressão social que as mulheres enfrentam ao longo do tempo em qualquer ambiente. Porém, se conectar ao instinto liberta sua paixão adormecida e a conecta com a criatividade.
Considerações finais sobre Mulheres que correm com os lobos
Mulheres que correm com os lobos serve como um manual para que se resgate a essência feminina. Não aquela desejada pelas convenções, porém a que de fato explora a sua natureza. O lado selvagem não é algo negativo, já que expõe com clareza seu poder de evolução.
Entender o que significa correr com os lobos indicam um passo à frente para a sua melhor forma. Contatar a sua verdade, resgatar os seus princípios e viver de acordo com suas vontades. Somente você mesma pode parar e duvidamos bastante que isso passará por sua mente.
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