Durante muito tempo a imagem da família ficou padronizada em apenas uma forma tradicional, algo que compromete sua real diversificação. Com o passar das décadas o apelo de reconhecimento sobre isso se tornou mais forte garantindo direitos inerentes. Por isso, conversaremos adiante sobre os tipos de formação familiar, quais são e o propósito imutável.
O retrato milenar da família
Desde os tempos antigos que a imagem da família sempre foi unilateral e inflexível para um mesmo padrão. Era apenas considerado socialmente a figura do homem, da mulher e de seus filhos para ganhar o título. Qualquer outra apresentação não era tão reconhecida ou aceita quanto essa forma, sendo até repudiada.
Isso se fixou em grande parte da conexão da igreja com o Estado, de modo a institucionalizar o casamento como passagem. Ou seja, a família heteronormativa se iniciava no casório e se desenvolvia após ele, permeada por diretrizes pré-estabelecidas e limitantes. A relação sacramentada e seus frutos posteriores eram o modelo ideal do que seria considerado família.
O problema se encontra em que já existiam outras tipos de formação familiar que não eram aceitos. Isso impediu por muito tempo o alcance de direitos a esses grupos, bem como criou uma espécie de marginalização sobre eles. Até hoje isso é sentido tanto física quanto psicologicamente, já que ainda é comum a discriminação.
Como olhar para os tipos de formação familiar ?
É preciso ter em mente que a ideia de família não pode ser limitada a um pequeno espaço dentro da sociedade. Note que por muito tempo houve uma exclusão grandiosa das outras facetas de um termo que remete a acolhimento. Em suma, houve uma segregação dentro do próprio conceito de família, sendo isso bastante contraditório à forma dela.
Precisamos nos dispor a compreender a essência de cada pessoa e o que a palavra significa para ela em liberdade. Não se deve haver limites ou barreiras, de modo que a sua livre expressão seja a mais adequada. Basicamente, falamos da inserção e propagação do respeito, mantendo ele acima de qualquer reflexão pessoal sobre o assunto.
Mesmo que a contragosto de um sistema com base no matrimônio, existe mais de um modo para significarmos a união familiar. Não que a primeira seja errada, de modo algum, porém a ideia de que é única é prejudicial. Reconhecer a pluralidade desse contato permite que olhemos para todos eles, encontrando a dignidade e respeito que merecem.
Tabus
Entendendo melhor a expansão dos tipos de formação familiar, encontramos um tabu envolvendo famílias homoafetivas. Um casal de homens ou casal de mulheres com filhos é constantemente apontado ou visto com desconfiança. Usando outras palavras, a orientação sexual dos pais influenciaria negativamente no desenvolvimento das crianças, segundo alguns.
Para exemplificar essa situação, o programa espanhol Gente Maravillosa fez um experimento com essa situação. Atores homens interpretam um casal levando a filha para a aula de balé e outra garota, também atriz, fala que acha isso errado. Quase que imediatamente outra garotinha, sem saber de nada, passa a defender com força a garota e seus pais e repudiar os comentários da outra.
Apesar de parte da situação ter sido proposital, note como é importante a educação na formação dos pequenos. Lembre-se que eles perpetuam o que os pais pensam e fazem, sendo isso algo bom ou não. Nesse caso, a educação muito bem aplicada e a realidade em que vive ensinou a garota a acolher os demais sem julgamentos.
Quais tipos de formação familiar?
Existem variados tipos de formação familiar reconhecidas social e/ou legalmente. Ainda que existissem há muito tempo, somente nas últimas décadas que recebeu a devida atenção e proteção. São elas:
- Família matrimonial – Essa se liga pela união matrimonial, sendo selada pelo casamento.
- Família reconstituída – Diz respeito aos pais divorciados que possuem filhos e passam a viver com outras pessoas que são pais também.
- informal – Aqui, na família informal, existe a união estável, mas não existe o casamento legal. Por conta disso que esse tipo familiar era visto com preconceito, pois o casamento formal não era consolidado.
- Família eudemonista – Esse círculo indica a união criada em torno de solidariedade e afeto entre os indivíduos visando a felicidade.
- Família anaparental – Nesse caso não existe a participação dos pais, sendo a família apenas formada pelos irmãos.
- Unipessoal – Aqui, na família unipessoal apenas uma pessoa constitui a família. A título de exemplo, pense em alguém viúvo.
- Família monoparental – Trata-se da família que é composta apenas por um dos pais e seus filhos.
- Família paralela – Mostra as pessoas que possuem duas relações simultâneas, como alguém casado que participa também de união estável.
Propósitos da família
Esse trecho não se trata de nada documentado, embora seja vital ao desenvolvimento humano. Os tipos de formação familiar, em sua pluralidade, refletem diretamente no crescimento das crianças e reformulação dos adultos. Por meio do centro familiar, se entrega:
Formação
Estamos formando cidadãos com percepções, posturas e comportamentos que influenciam diretamente a sociedade. Com o trabalho devidamente construído se alcança mudanças graduais com a inserção de pessoas bem instruídas.
Vocação
Crescer é uma passagem difícil, confusa e até assustadora porque, naturalmente, não queremos ir em caminhos e escolhas erradas. No momento em que a família trabalha em prol de si, há mais espaço para encontrar a vocação. Não apenas buscar o que se deseja, mas também receber apoio daqueles que se amam e incentivo.
Educação
Apesar disso ser óbvio, saiba que a educação não se limita apenas àquilo que é entregue na escola. O conceito de família trabalha também rever as falhas que os seus membros têm praticando. Errar pode, influencia no crescimento, mas com com o devido auxílio uma pessoa pode revisar as próprias falhas e crescer com elas.
Reflexo
Compreender e acolher os variados tipos de família tem sido um exercício cada vez mais comum da nossa época. Embora isso ainda não seja unânime, é inegável não perceber como estamos mais fluídos a respeito disso. Os tempos marcam essas passagens enquanto nós, os verdadeiros agentes, fazemos a mudança de verdade acontecer.
Esse tipo de situação normalizada é extremamente importante para se construir referências sociais do que é a família. Não apenas unilateral, mas em completa variedade e satisfatória quanto ao papel que exerce. Isso se desbloqueia de preconceitos infundados e nocivos ao desenvolvimento e existência da família.
Estamos mais à frente dos nossos ancestrais, porém ainda temos bastante a alcançar quanto ao coletivo. Há divisões não faladas ou sutis que ainda nivelam ou separam, como olhares ou insinuações. Todavia, a cada mudança que nos afasta daquilo que nos prende e impede de encontrar, mais próximo nos reformulamos.
Como contribuir?
Entendendo melhor sobre os tipos de formação familiar, é hora de se posicionar a favor disso. Trata-se de educar a si mesmo, seus familiares e aqueles que dependem de vocês a se abrirem a essa realidade. Sem contar que participar ativamente de discussões a respeito das faltas de um membro ou outro influencia positivamente para enriquecer esse debate.
O normalizar aqui se concentra em discutir abertamente a inclusão da família em qualquer forma no cotidiano. Em que os direitos inerentes a esse grupo sejam partilhados, reconhecidos e acolhidos.
Considerações finais sobre tipos de formação familiar
Os tipos de formação familiar demonstram o quão enriquecedor é o relacionamento humano. Independente da forma, um meio pode assumir funções e responsabilidades específicas em relação à influência social. Ou seja, a família em qualquer constituição contribui diretamente a estrutura da sociedade no cotidiano.
Por conta disso que mais vale a discussão em conjunto do que alimentar recriminações injustas e de exclusão. Caminhamos pelo mesmo espaço, partilhamos de necessidades semelhantes e temos de nos acolher mesmo nas diferenças. Elas, aliás, não devem ser um muro de separação, mas incentivo para que possamos acompanhar os que vivem em outras estruturas.
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