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Criança com Síndrome de Down: o acolher da família

No que diz respeito à origem da síndrome de down, simplificadamente, trata-se da trissomia do cromossomo 21. Assim sendo, pessoas com Síndrome de Down têm 47 cromossomos, enquanto que a maioria das pessoas tem 46. No que diz respeito ao Brasil, existem cerca de 270 mil pessoas portadoras da síndrome.

Hoje em dia já é possível identificar por meio da ultrassonografia, que a criança é portadora desta síndrome, o que comumente leva os pais aprenderem a respeito do assunto. Essa atitude, por sua vez, possibilita uma recepção adequada a esta criança, uma vez que ela precisa de alguns cuidados especiais.

Por conta do esclarecimento que as pessoas têm tido pelos meios de comunicação como televisão rádio internet, o tabu a respeito da síndrome vem sendo quebrado. Assim, cada vez mais pessoas vêm aprendendo as quais são as diferenças que uma pessoa com Síndrome de Down apresenta. Nesse contexto, aprende-se como é possível proporcionar um desenvolvimento pleno e saudável, além de quais cuidados é necessário tomar com a saúde dessas crianças.

O difere a pessoa com síndrome de down?

Algumas características são usadas para diferenciar a criança com Síndrome de Down daquelas de desenvolvimento padrão. São elas:

  • Cabelo liso e fino;

  • Parte anterior da cabeça achatada;

  • Nariz pequeno e achatado;

  • Gordura na região da nuca;

  • Orelhas pequenas, abaixo da linha dos olhos;

  • Céu da boca mais encurvado;

  • Em alguns casos, uma quantidade menor de dentes (por isso a pessoa pode manter parte da língua para fora da boca);

  • Linha única na mão;

  • Separação grande entre o primeiro e segundo dedo.

Além dessas diferenças físicas visíveis, é estimado que 50% das crianças com síndrome de down sofram de cardiopatia. No caso da síndrome de down, esse quadro é caracterizado como uma anomalia na estrutura do coração. Como sabemos, o coração é responsável por bombear o sangue para todo o corpo.

Ele é composto por 4 câmaras, que são separadas por algumas paredes, denominadas septos. Os septos separam o sangue que circulou pelo organismo e precisa ser oxigenado pelos pulmões do sangue já oxigenado para circular pelo corpo inteiro. No caso da criança com Síndrome de Down, algumas aberturas no septo mistura o sangue oxigenado do não oxigenado. Assim, por essa razão, essas crianças geralmente têm que passar por cirurgia no coração antes mesmo dos seis meses de idade.

Cuidados especiais com crianças com síndrome de down

Os bebês com síndrome de Down tendem apresentar problemas neurológicos, incluindo convulsões. Assim sendo, a família deve observar o comportamento da criança, e observar se apresenta espasmos. Deve ainda verificar se em alguns momentos ela fica “fora de ar”. Caso qualquer um destes sintomas seja observado, avise seu pediatra. Confira mais alguns pontos para ficar atento mais abaixo:

Desenvolvimento da fala e riscos de luxação no pescoço

Conforme a criança se cresce e passa a socializar mais, podem ficar mais evidentes eventuais dificuldades em enxergar e ouvir. No entanto, qualquer suspeita deve ser confirmada com um especialista (oftalmologista e otorrinolaringologista).

Uma criança com Síndrome de Down tem os músculos mais relaxados e pode ter ocorrer mudanças nas articulações. Assim sendo, isso faz com que haja um risco maior de luxações, que ocorrem quando alguma articulação se “desencaixa”. Nesse contexto, um dos lugares em que isso pode ocorrer é na primeira vértebra do pescoço, o que pode ter impactos neurológicos.

Por essa razão, devem ser evitadas brincadeiras muito bruscas, tais como cambalhotas, que forçam muito o pescoço. Dessa forma, fique atento a reclamações de dor no pescoço, perda da força nos braços e pernas, e mudanças no andar da criança (se ela já anda). Esse tipo de sintoma precisa ser avaliado pelo neurologista.

Ademais, a função da tireoide precisa ser verificada anualmente através de exames de sangue.

A estimulação precoce

Além de cuidados básicos com a saúde, é necessário se preocupar com alguns tipos de estimulação precoce, como terapias específicas. São elas: fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia. Nesse contexto, cada uma, dentro de sua alçada, ajudam a criança com Down a se desenvolver com autonomia e a alcançar desenvolvimento como qualquer outra criança. Assim sendo, elas podem rolar, engatinhar, falar, andar e deixar as fraldas também.

Dessa forma, todas essas conquistas vão ser alcançadas, mesmo que um pouco mais tarde. Isso comparando os resultados com a média das crianças que têm desenvolvimento padrão.

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    Dessa forma, conforme cresce, essa criança deve continuar sendo acompanhada por vários especialistas. É isso que permite avaliar regularmente o funcionamento da tireoide, o ganho de peso e de altura, mudanças nas articulações e a evolução da visão também.

    Nesse contexto, mudanças de comportamento também precisam ser observadas. Isso porque crianças com Down têm uma tendência maior a sofrer de autismo e TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo). Contudo, com um suporte interdisciplinar de especialistas, a criança tem as maiores condições de atingir o seu potencial.

    Existem algumas entidades, como as APAEs, que realizam tratamento gratuito para crianças com essa síndrome. Assim sendo, informe-se nas unidades básicas de saúde da sua localidade.

    Como estimular uma criança com Síndrome de Down?

    Estimular uma criança com síndrome de Down precocemente é essencial para o desenvolvimento. Dessa forma, para isso, ela precisa de mais tempo com sua família e de especialistas para adquirir e melhorar as suas habilidades. Assim, uma boa estimulação feita nos primeiros anos de vida pode ser crucial para a aquisição de capacidades em diversos sentidos. Nesse contexto, são exemplos o desenvolvimento da coordenação motora, comunicação e a compreensão.

    Ademais, muitos exercícios podem ser realizados em casa, de forma diária, usando elementos do dia-a-dia da criança. Assim, aprenda alguns desses exercícios e dê o suporte necessário na estimulação e desenvolvimento do seu filho. Aqui estão algumas dicas:

    • Estimule o olfato;

    Cada experiência é uma oportunidade. Dessa forma, aproveite cada momento para introduzir cheiros e aromas de diferentes ambientes e coisas. Contudo, sempre diferencie cada cheiro ao falar ao bebê o que você está fazendo.

    Nesse contexto, permita que o bebê senta o cheiro da comida, frutas e hortaliças. No entanto, faça isso de maneira lenta.

    Ademais, evite também odores fortes ou desagradáveis.

    • Estimule o paladar


    Os bebês que são amamentados apresentam maior imunidade. Nesse contexto também apresentam melhora em seu ganho de peso e um maior desenvolvimento. Ademais, amamentar também aumenta a conexão entre mãe e filho.

    A partir do 6º mês já é possível iniciar aos poucos, a introdução alguns alimentos como frutas e alimentos em forma de pastas. Assim, explore bem esse momento permitindo-o sentir os gostos, ofereça doces, salgados, azedos e amargos.

    • Estimule a audição

    A audição é um meio importantíssimo para obtenção do desenvolvimento da linguagem. Assim sendo, comece fazendo sons diferentes com diferentes objetos. Use a sua voz. Assim você dará a oportunidade da criança associar a sua voz e movimento com a localização do som.

    Reproduza os sons dos objetos, do ambiente em que você está e também de animais. Nesse contexto, também é possível usar músicas. As crianças são extremamente ligadas ao estímulo musical e os benefícios disso são imensos.

    Faça isso de diferentes direções para que a criança aprenda a se movimentar em direção ao som.

    • Estimule a visão

    Olhar nos olhos da criança cria empatia e estabelece vínculos. Ademais, proporciona mais facilidade nas respostas do que
    lhe é solicitado e ensinado. Com o dia-a-dia, você vai perceber o quanto estimular esse sentido é importante na vida do bebê.

    Estimule o tato


    Nada melhor que o estabelecer um contato físico, principalmente de pele, para fazer seu filho se sentir próximo. Nesse contexto, o toque é fundamental para o desenvolvimento. A pele do bebê é ultrassensível e tocá-la é importante para criar um vínculo efetivo e de carinho. Práticas de massagem, como a shantala, podem ser uma alternativa.

    Se você estiver vivendo em algum dilema com relação ao lugar dessa criança na família, procure aprender mais. Isso porque a forma mais eficaz de fazer essa criança feliz é aprendendo e criando os estímulos de que ela precisa. Além disso, se necessário, recorra à terapia de constelação familiar e torne o ambiente familiar amistoso e receptivo para essa nova criança.

    Com relação a isso, caso queira aprender mais sobre como aplicar os conceitos da Constelação Familiar com seu filho que tem Síndrome de Down, confira o nosso curso EAD!

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